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Rutte diz que Rússia "tenta desestabilizar" países da NATO e pede mais investimento em defesa

Viagem de Rutte faz parte dos contactos que o secretário-geral da NATO promove junto dos Estados-membros, para começar a preparação da cimeira em Haia
Viagem de Rutte faz parte dos contactos que o secretário-geral da NATO promove junto dos Estados-membros, para começar a preparação da cimeira em Haia Direitos de autor  AP Photo
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De David O'Sullivan & Joana Mourão Carvalho
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O Secretário-Geral da NATO, Mark Rutte, pediu aos membros da aliança que aumentem a despesa com defesa para além do objetivo comum de 2% do PIB.

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O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, alertou esta segunda-feira que a Rússia está a "tentar desestabilizar" os países da Aliança Atlântica, apelando ao aumento do investimento em defesa. 

"Para garantir a nossa segurança no futuro, também precisamos de intensificar os nossos esforços agora", disse Rutte numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro português Luis Montenegro, por ocasião da visita a Lisboa na segunda-feira. 

"Também sabemos que a meta de 2%, estabelecida há uma década, não será suficiente para enfrentar os desafios do futuro. A ameaça da Rússia pode parecer distante, mas deixem-me assegurar que não é", alertou, mencionando as ameaças russas ao território português. 

"Navios russos e bombardeiros de longo alcance ameaçam a costa portuguesa. A frágil infraestrutura submarina de Portugal está na mira da Rússia", vaticinou Rutte. 

A viagem de Mark Rutte faz parte dos contactos que o secretário-geral da Aliança Atlântica promove junto dos Estados-membros, nomeadamente para começar a preparação da cimeira da NATO, que este ano se realiza em Haia.

A NATO está a pressionar oito membros que não estão a cumprir o valor acordado, incluindo Portugal e Espanha, a investir mais em defesa, face à posição defendida pelo novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que exige um investimento do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa na ordem dos 5%.

No final do encontro, o primeiro-ministro Luís Montenegro manteve o compromisso de atingir a meta dos 2% do PIB em defesa em 2029, admitindo que o Governo português está disposto a antecipar este calendário. No entanto, defendeu que deve haver uma coordenação europeia em matéria de investimento na defesa. 

Em declarações recentes Montenegro já tinha afirmado que um gasto de 5% do PIB para os países da NATO "não é exequível" a curto ou médio prazo.

O chefe da Aliança Atlântica também abordou as recentes ruturas de cabos no Mar Báltico.

"Ontem vimos outro incidente no mar Báltico com a interrupção de um cabo que liga a Letónia e a Suécia. A boa notícia é que, através da missão Baltic Sentry, os navios e aeronaves da NATO estão a operar ao lado dos nossos aliados lá, permitindo uma resposta rápida e coordenada." 

Essa rutura surge na sequência de uma série de incidentes que aumentaram os temores de sabotagem russa e espionagem na região estratégica. 

No início deste mês, a NATO iniciou uma nova missão chamada "Baltic Sentry", que incluiu fragatas, aeronaves de patrulha marítima e uma frota de drones navais para fornecer "vigilância e dissuasão aprimoradas" no Mar Báltico, que a aliança transatlântica diz proteger cabos e dutos submarinos. 

Após a sua conversa com o chefe do executivo português, Rutte viajou para Espanha para se encontrar com o seu primeiro-ministro Pedro Sánchez. 

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