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Alemanha proíbe maior grupo de movimento extremista e prende quatro dos seus líderes

ARQUIVO - Polícia na Alemanha, 2019.
ARQUIVO - Polícia na Alemanha, 2019. Direitos de autor  AP Photo
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O ministro alemão do Interior, Alexander Dobrindt, afirmou que o chamado grupo “Königreich Deutschland” (Reino da Alemanha) tinha criado um “contra-Estado”.

A Alemanha proibiu uma organização extremista de extrema-direita ligada ao chamado movimento “Reichsbürger” (Cidadãos do Reich) e efetuou rusgas de madrugada nas suas propriedades e nas casas dos seus líderes, informou o Ministério do Interior na terça-feira.

Centenas de forças de segurança em vários estados alemães revistaram propriedades associadas ao grupo autodenominado “Königreich Deutschland” (Reino da Alemanha) e prenderam quatro dos seus principais membros, segundo o governo.

O ministro do Interior Alexander Dobrindt afirmou que os 6 mil membros da organização criaram um “contra-Estado” na Alemanha e “construíram estruturas económicas criminosas”.

De acordo com Dobrindt, o grupo sustentou a sua suposta pretensão ao poder com narrativas conspirativas antissemitas, afirmando que a Alemanha não toleraria tal comportamento.

“Iremos tomar medidas decisivas contra aqueles que atacam a nossa ordem básica democrática e livre”, acrescentou Dobrindt.

As plataformas online do grupo serão bloqueadas e os seus bens serão confiscados para garantir que não serão utilizados mais recursos para fins extremistas, declarou o Ministério do Interior.

O “Reino da Alemanha” foi proclamado pelo seu líder Peter Fitzek, que foi detido na terça-feira, na cidade de Wittenberg, no leste do país, em 2012, de acordo com o Ministério do Interior. O grupo afirma ser um “contra-Estado” que se separou do governo federal.

O movimento “Cidadãos do Reich” não reconhece a Alemanha como um Estado. Muitos dos seus membros afirmam que o Reich alemão histórico ainda existe e ignoram as estruturas democráticas e constitucionais do país, como o parlamento, as leis ou os tribunais. Recusam-se também a pagar impostos, contribuições para a segurança social ou multas.

Há anos que Berlim tem vindo a alertar para a crescente ameaça representada pelos grupos de extrema-direita e tem repetidamente reprimido esses grupos.

Em março, cinco pessoas ligadas ao movimento “Cidadãos do Reich” foram presas por conspirarem para derrubar o governo alemão através de um golpe de Estado de extrema-direita.

Num outro caso, 25 pessoas foram detidas em dezembro de 2022 por planearem derrubar o governo como parte de uma organização terrorista interna. Entre os conspiradores estava um membro do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD).

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