Apesar de os resíduos de embalagens terem aumentado na última década, sete países da UE atingiram o objetivo para 2030 de reciclar, pelo menos, 70% de todos os resíduos de embalagens já em 2023.
Mais de 79 milhões de toneladas de resíduos de embalagens foram geradas na UE em 2023, de acordo com os últimos dados do Eurostat.
Embora isto represente uma redução de 8,7 kg per capita em comparação com 2022, o valor continua a ser 21,2 kg superior ao de 2013.
Em 26 países da UE, o papel e o cartão constituíram a maior parte do total de resíduos de embalagens, com 14 desses países a registarem uma percentagem superior a 40% do total.
Registaram-se também quantidades substanciais de resíduos de embalagens de plástico, com 15,8 milhões de toneladas (19,8% do total), de vidro, com 15 milhões de toneladas (18,8%), e de madeira, com 12,6 milhões de toneladas (15,8%).
O restante dos resíduos de embalagens era constituído por 3,9 milhões de toneladas de metal (4,9%) e 0,2 milhões de toneladas de outros materiais (0,2%).
A Irlanda, Itália, a Alemanha e o Luxemburgo produziram mais de 200 kg de resíduos de embalagens por habitante.
Apesar da sua elevada produção de resíduos, a maioria destes países também reciclou as maiores quantidades de resíduos de embalagens por habitante na UE.
Em 2023, Itália reciclou a maior quantidade de resíduos de embalagens, com 162,2 kg por habitante, seguida da Alemanha, com 149,3 kg, e do Luxemburgo, com 132,4 kg.
A Irlanda reciclou 131,6 kg por habitante.
Em contrapartida, a Croácia (42,3 kg), a Roménia (48,5 kg) e a Bulgária (47,2 kg) foram os países da UE que reciclaram as menores quantidades de resíduos de embalagens por habitante.
A Bulgária e a Croácia também geraram a menor quantidade de resíduos de embalagens por habitante entre os países da UE, com menos de 100 kg e 98,6 kg de resíduos de embalagens, respetivamente.
Metas de reciclagem da UE no bom caminho
A UE estabeleceu que, até 2030, pelo menos 70% de todos os resíduos de embalagens devem ser reciclados.
No entanto, os objetivos variam consoante o material em questão e o seu peso.
Para o papel e o cartão, a UE estabeleceu um mínimo de 85%, enquanto um patamar de 75% foi definido para o vidro, 55% para os plásticos, 80% para os metais ferrosos (ou à base de ferro), 60% para o alumínio e 30% para a madeira.
A Bélgica, os Países Baixos, Itália, a Chéquia, a Eslovénia, a Eslováquia e Espanha já cumpriram a meta global de reciclagem de resíduos de embalagens definida para 2030.
Outros 13 países estavam já a aproximar-se do objetivo de 70%, com taxas de reciclagem superiores a 60%.
No outro extremo da escala, a Roménia, a Hungria, Malta e a Grécia comunicaram taxas totais de reciclagem de embalagens inferiores a 50% em 2023.