Uma equipa de cientistas britânicos aposta nos jogos de vídeo para conceber novos tratamentos para a demência.
Uma equipa de cientistas britânicos aposta nos jogos de vídeo para conceber novos tratamentos para a demência. Os investigadores vão analisar os dados de cem mil jogadores de jogos de vídeo. O projeto está a ser desenvolvido no University College, em Londres.
Podemos observar a capacidade do jogador em usar mapas, analisar as capacidades de memória e ver se as pessoas se lembram do percurso que fizeram.
“Neste jogo, a pessoa conduz um barco na água. Do ponto de vista científico, podemos analisar o momento em que a pessoa toca no ecrã e em que realiza movimentos com o barco. Podemos ver a capacidade do jogador em usar mapas, analisar as capacidades de memória, ver se as pessoas se lembram do percurso que fizeram”, afirmou o neurocientista Hugo Spiers.
A responsável pelo Centro de Investigação sobre a doença de Alzheimer afirma graças aos jogadores vai ser possível ter acesso a uma enorme quantidade de dados.
“O facto de dezenas de milhares de pessoas jogarem este jogo é um sinal de que a investigação sobre a demência está a progredir a acelerar. A realização deste estudo em laboratório e a recolha desta enorme quantidade de dados poderia levar centenas de anos”, sublinhou Hilary Evans.
De acordo com a Associação Alzheimer Portugal, a demência é um termo abrangente que serve para descrever os sintomas de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo das capacidades da pessoa. Em causa está a perda de memória, da capacidade de raciocínio e das competências sociais, assim como alterações das reações emocionais habituais.