A seleção das abelhas: uma solução para o declínio?

Na última década, a população de abelhas declinou drasticamente em várias regiões do mundo.
Os insetos são necessários para a polinização das culturas. Mas, as abelhas são especialmente importantes porque podemos conduzi-las facilmente de um campo para o outro para polinizar uma determinada cultura. E isso não é possível sem as abelhas.
O uso de pesticidas, a poluição e as alterações climáticas são as principais causas do declínio.
Os cientistas sublinham que a mortalidade das abelhas pode por em causa a produção de alimentos. A agricultura está diretamente dependente da ação dos polinizadores.
“Os insetos são necessários para a polinização das culturas mas as abelhas são especialmente importantes porque podemos conduzi-las facilmente de um campo para o outro para polinizar uma determinada cultura. E isso não é possível sem as abelhas”, afirmou o investigador canadiano Leonard Foster.
O investigador trabalha atualmente num projeto para selecionar abelhas imunes a certas doenças, de modo a diminuir os níveis de mortalidade da população.
A pesquisa está a ser desenvolvida na Universidade de British Columbia. O projeto chama-se “Bee Omics”.
“Não estamos a falar de modificações genéticas. Estamos apenas a estudar as diferenças naturais que existem entre as abelhas de modo a selecionar as melhores abelhas. Não se trata de introduzir o ADN de uma outra espécie para criar um organismo geneticamente modificado. Desde há milhares de anos que os humanos selecionam certas espécies de animais ou plantas. Basicamente fazemos o mesmo.
Procuramos as variações naturais e criamos as abelhas que têm as melhores características”, frisou o cientista.
A preservação das abelhas tem mobilizado a opinião pública. No final de abril, mais de um milhão de pessoas assinaram uma petição para pedir à multinacional Bayer para parar a produção de pesticidas responsáveis pelo declínio das abelhas.