Inventores premiados em Veneza

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Prémios dos Inventores Europeus recompensam as ideias mais inovadoras.

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Reportagem de Chris Cummins, enviado a Veneza

Veneza é considerada o primeiro centro financeiro internacionalmente reconhecido, desde o século IX. Aqui, no Arsenale di Venezia, um jovem físico, Galileu, foi consultor de construtores navais e fabricantes de instrumentos.

A cidade dos canais foi também a casa de Marco Polo, autor de uma das primeiras descrições do mundo. É justo dizer que os Prémios dos Inventores Europeus são entregues aqui para honrar os exploradores dos tempos modernos.

Luta contra a malária

Jan van den Boogaart e Oliver Hayden venceram o prémio para a indústria. Desenvolveram uma forma rápida e eficaz de diagnosticar a malária. Um recurso importante no combate a esta doença, transmitida por um inimigo muito especial: O mosquito: “Esta criatura extraordinária tem um dos ciclos de vida mais complexos que se conhecem. ele protege-se, ele tenta sobreviver e isso acontece de uma maneira muito eficiente. Tanto que estamos longe de poder dizer que derrotámos a Malária”, explica Oliver Hayden, especialista em análise química na Siemens.

Novo material contra derramamentos de petróleo

Os derramamentos de petróleo e químicos têm tanto de destrutor como de indiscriminado. Para ajudar a evitar esses acidentes, o químico alemão Günter Hufschmid criou um agente de isolamento, que batizou “Pure”.

A descoberta foi feita por acaso, quando um colega, numa fábrica de cera, tintas e plásticos, deixou uma máquina a trabalhar sem querer. Formou-se esta substância. O cientista percebeu que tem poderes de absorção fora do normal e com esta invenção venceu o prémio para as PME.

Óleos essenciais complementam antibióticos

O prémio popular foi para Adnane Remmel. Este professor marroquino de biologia desenvolveu um método para aumentar o efeito dos antibióticos, graças ao uso de óleos essenciais.

Uma descoberta útil, numa altura em que as bactérias são cada vez mais resistentes aos medicamentos: “Os óleos essenciais são uma arma usada pelas plantas para lutar contra as bactérias e os fungos. Por que não pegar nessa arma e dá-la aos animais e humanos? Foi o que fizemos e resultou”, conta o cientista.

Imageologia médica em novos patamares

Os engenheiros norte-americanos James G. Fujimoto e Eric A. Swanson, a par do físico alemão Robert Huber, receberam o prémio NON-EPO, pelo desenvolvimento da Tomografia Ótica Coerente (TOC). Esta é a primeira tecnologia a conseguir mostrar imagens dos tecidos humanos com uma clareza microscópica. Permite o diagnóstico do cancro, dos glaucomas e da doença cardíaca, sem necessidade de meios demasiado invasivos, como as sondas ou as biópsias que necessitam de cirurgia. Esta tecnologia permite também um nível de precisão até agora não visto na pesquisa genética.

James G. Fujimoto vem do departamento de engenharia eletrotécnica e ciências de computadores do Massachusetts Institute of Technology: “Tem múltiplas aplicações em diferentes especialidades clínicas. Representa uma colaboração entre os cientistas, a indústria, os académicos e os médicos”, explica.

Finalmente, os prémios de carreira foram atribuídos ao italiano Rino Rappuoli pelo trabalho com as vacinas e ao grupo de pesquisadores que está a tentar fazer do Galileo o mais preciso dos sistemas de navegação por satélite.

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