Projeto europeu concebe novo sistema de partilha de carros

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Um grupo de cientistas europeus concebeu uma solução para melhorar o sistema de partilha de carros.

Um grupo de cientistas europeus concebeu uma solução para melhorar o sistema de partilha de carros nas zonas urbanas e suburbanas.

As pessoas que vivem na periferia poderão utilizar pequenos veículos elétricos para se deslocarem à estação de transportes públicos mais próxima, sem usarem a viatura individual. Os veículos podem circular ligados uns aos outros, como um comboio.

"Um operador pode levar os veículos para onde for preciso. Um só veículo pode responder às necessidades de sete pessoas", explicou Valéry Cervantes, engenheiro e coordenador do projeto europeu CEA/ESPRIT.

Do ponto de vista da eficiência energética, o sistema tem vantagens: basta uma estação de carregamento para várias viaturas serem carregadas ao mesmo tempo.

"O aspeto inovador deste sistema de ligação entre viaturas é o facto de os sinais, ao nível do comando, poderem ser transmitidos entre veículos. O carregamento pode ser partilhado entre os vários carros", explicou Markus Heinich, engenheiro automóvel que participa no projeto europeu.

"Cada veículo tem dois motores, um na traseira esquerda e outro na traseira direita. Quando temos oito veículos, é preciso pilotar dezasseis motores. Por isso, a conceção dos modos de gestão e de comando foi algo complexo. Em função da massa dos veículos e de vários parâmetros, fizemos simulações e elaborámos algoritmos, que foram depois testados em laboratório e no veículo", contou Julien Dauchy, especialista em energia elétrica que participou na conceção do sistema de viaturas partilhadas.

O projeto passou por desenvolver modelos informáticos para prever a distribuição do tráfego. Os cientistas levaram em linha de conta as distâncias percorridas, os custos, os tempos de espera e os hábitos dos utilizadores.

"São necessários enormes investimentos para construir estas infraestruturas. É necessário definir uma boa estratégia para decidir qual deve ser o tamanho das estações de recarga e onde devem ser instaladas", disse Raffaele Bruno, cientista informático do CNR-PISA, uma das instituições associadas ao projeto.

As baterias têm uma autonomia de cinquenta quilómetros. O percurso médio não deve exceder os dez minutos por dia.

"É um veículo concebido como complemento da rede de transportes públicos, nos casos em que as pessoas hesitam em usar os transportes porque vivem ou trabalham demasiado longe. O nosso objetivo é simplesmente oferecer uma nova ferramenta para que as pessoas possam usar os transportes coletivos em vez dos carros individuais, para poder diminuir a poluição, os engarrafamentos e as emissões de CO2", sublinhou o coordenador do projeto.

Os veículos podem circular a uma velocidade de 65 quilómetros por hora. O projeto inclui testes em vários países, França, Espanha e Reino Unido.

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