A Euronews reuniu 10 curiosidades sobre a décima edição da Web Summit em Lisboa, desde os principais oradores à melhor alternativa para chegar ao recinto da conferência.
Lisboa acolhe a décima edição da Web Summit em Portugal, que começa já esta segunda-feira, dia 10, e que termina na quinta-feira, dia 13. A feira tecnológica, que é considerada uma das maiores do mundo, volta a receber especialistas, empresários, investidores e startups, prontos a discutir o futuro e o impacto da tecnologia na sociedade.
O tema do evento atravessa praticamente todos os setores desde a saúde, ao desporto, passando pela energia, programação, criatividade e espaço, dando destaque a questões relacionadas com a inteligência artificial (IA). A desinformação, a segurança global, as alterações climáticas e as novas dinâmicas geopolíticas serão também debatidas.
A organização da Web Summit descreve esta edição como "a maior, melhor e mais ambiciosa" de sempre, tendo referido que o evento está totalmente esgotado e que deverá contar com mais de 70 mil participantes, 2.500 startups, 1.000 investidores e 900 oradores. Eis 10 curiosidades sobre esta edição:
1. Lisboa no mapa da inovação
A Web Summit tornou-se um evento estratégico e emblemático para a capital portuguesa, colocando-a no mapa global da tecnologia e inovação.
Além do impacto económico, uma vez que Lisboa é promovida como destino turístico, a conferência também dá a conhecer a capital como referência mundial no ecossistema tecnológico, através da divulgação de talento português - startups, investidores, empresas e órgãos de comunicação.
2. O que há para ver na Web Summit?
Para além das habituais conferências, que são a principal atração do evento, há muitos stands para visitar com startups que procuram investidores. Há também uma masterclass, onde é possível aprofundar ideias sobre temas específicos, e meetups, ou seja, encontros de 20 minutos organizados por temas.
Entre os meetups desta edição destaca-se o "Palestina na Web Summit", que decorre no último dia, e que convida os participantes a interagirem com apoiantes da comunidade palestiniana. Esta será uma das poucas referências ao conflito Israel-Hamas presentes na conferência.
O evento conta, ainda, com a Night Summit, que se realiza fora do recinto do Parque das Nações, e mais concretamente em bares e restaurantes em Santos, Príncipe Real, Bairro Alto, Graça, Marvila e Alvalade.
3. Os protagonistas
Entre as empresas de referência mundial esperadas no evento estão a Microsoft, Google, Meta, Amazon, Nvidia, Oracle, Scale AI, Tencent, Qualcomm, IBM, Uber, TikTok, Cloudflare, entre outras. A Web Summit volta a contar com personalidades como Brad Smith, presidente da Microsoft, ou Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web. Entre os nomes de referência que vão estar no evento estão a antiga tenista Maria Sharapova ou o influenciador Khaby Lame.
O Governo português volta a estar amplamente representado na conferência, que conta com a presença de Gonçalo Matias, ministro Adjunto e da Reforma do Estado; Manuel Castro Almeida, ministro da Economia; Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças; Fernando Alexandre, ministro da Economia; António Leitão Amaro, ministro da Presidência; Paulo Magro da Cruz, secretário de Estado para a Simplificação; João Rui Ferreira, secretário de Estado da Economia; Bernardo Correia,
secretário de Estado da Digitalização. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, também marca presença no evento.
4. Pelo menos 115 startups portuguesas
A décima edição da Web Summit conta com a presença de pelo menos 115 startups portuguesas, que marcam presença através do programa Road 2 Web Summit. As empresas participantes operam na área da IA e aprendizagem automática, bem como tecnologia para a saúde, logística e hardware ou finanças.
Estas startups vão estar presentes em stands no recinto, onde podem fazer demonstrações e dar a conhecer o seu trabalho aos visitantes.
5. Palco dedicado à China
Esta edição destaca-se pela introdução da “China Summit”, uma iniciativa que procura reunir, pela primeira vez em Lisboa, as principais empresas tecnológicas chinesas e reforçar o papel da conferência como elo de ligação entre Pequim e o mundo ocidental.
O evento tem um palco dedicado à China que reúne cinco debates, que vão desde a educação à geopolítica, e onde vão estar membros do governo de Pequim.
Outro painel do evento vai analisar as tensões entre a China, os Estados Unidos e a União Europeia, e serão discutidas eventuais consequências de uma desvinculação económica entre estas potências.
6. Investimento de 7,24 milhões de euros
A Câmara de Lisboa aprovou a atribuição de 7,24 milhões de euros para a décima edição da Web Summit em Portugal. Este apoio foi viabilizado com votos a favor do PS e PSD/CDS-PP e votos contra do PCP, Livre, BE e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).
O socialista Pedro Anastácio disse, no mês passado, que o apoio à Web Summit é um compromisso financeiro assumido pelo município de Lisboa e que, por isso, a autarquia deveria acautelar previamente essa afetação de verbas, no sentido de evitar “impasses desnecessários”.
Por outro lado, o PCP sublinhou que discordava com este montante, pela natureza privada do evento e pelo facto de terem sido retirados quatro milhões de euros "ao orçamento da Carris para financiar a conferência, com o voto favorável dos vereadores do PS”, em novembro de 2024.
7. Dinheiro e alimentação
Não é possível utilizar dinheiro físico na Web Summit e, por isso, é crucial andar com cartão ou carteira digital para efetuar pagamentos.
O espaço dispõe de áreas de alimentação, com várias opções, incluindo para quem tem restrições alimentares. Também é permitido levar comida de fora.
8. Itens proibidos no recinto
Os visitantes não podem levar malas de grandes dimensões, devendo, caso as transportem, deixá-las no bengaleiro disponível no local.
Como já é habitual, é proibido levar facas ou outros objetos cortantes, armas, substâncias ilegais, fogo de artifício, drones, sistemas de som, skates, scooters e bicicletas. Também não é possível levar hotspots externos, apenas o do telemóvel, e guarda-chuvas, apesar das previsões do IPMA indicarem que vai estar a chover em Lisboa durante toda a semana.
9.Como chegar à Web Summit?
Os transportes públicos são a melhor opção para chegar à feira tecnológica, que decorre no Meo Arena e numa boa parte do Parque das Nações. É possível chegar ao evento de autocarro, metro ou comboio.
De autocarro, pode deslocar-se à Web Summit a partir do aeroporto pelas linhas 705 e 744. Já do centro de Lisboa existem várias alternativas, incluindo os autocarros 708, 728, 759, 782 e 794. Há também um shuttle direto entre o Oriente e a Praça do Comércio, operado pela Carris.
Para quem prefere o metro, a estação do Oriente, situada a cerca de 300 metros do Meo Arena, é servida pela linha vermelha.
Este ano, o passe de transporte Web Summit volta a estar disponível, permitindo circular entre Lisboa, Sintra e Cascais, com recurso ao metro, autocarro, elétrico ou comboio urbano. O passe de um dia custa 10 euros e apenas está disponível online, o passe de três dias tem o custo de 23 euros e o passe de cinco dias custa 31,5 euros.
Quem optar pela compra online vai receber um voucher, tendo este de ser trocado por um bilhete nas máquinas automáticas do metro. Estes passes podem ser adquiridos até dia 12 de novembro, online ou em pontos de venda físicos, enquanto no aeroporto Humberto Delgado e na Gare Intermodal de Lisboa podem ser adquiridos até dia 11.
Para quem preferir levar o carro, existe uma parceria com a Telpark, sendo possível reservar um lugar de estacionamento por um preço de 6,90 euros por dia. A lista de parques abrangidos por esta parceria pode ser consultada aqui.
10. Entrada na Web Summit
Para entrar no recinto do evento é necessário ter a aplicação Web Summit Lisbon instalada. Só assim pode mostrar o bilhete, e obter uma credencial com identificação e a uma pulseira. Estes artigos têm de ser apresentados sempre que se pretende entrar no recinto.
É possível obter as credenciais no terminal 1 do aeroporto de Lisboa, nos seguintes horários:
– Segunda-feira, 10 de novembro: 7h30 às 22h;
– Terça-feira, 11 de novembro: 7h30 às 15h.
Pode também dirigir-se ao Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações:
– Segunda-feira, 10 de novembro: 12h às 20h;
– Terça-feira, 11 de novembro: 7h30 às 17h30;
– Quarta-feira, 12 de novembro: 7h30 às 17h30;
– Quinta-feira, 13 de novembro: 7h30 às 17h.
A Euronews é parceira oficial da Web Summit em Lisboa.