Tudo sobre as questões de segurança e acessibilidade relativas aos dados de saúde de milhões de cidadãos, em "Smart Health".
O crescimento e o envelhecimento da população estão a moldar os nossos sistemas de saúde, que necessitam de uma medicina mais eficaz e mais inteligente. Enfrentar estes desafios requer instrumentos poderosos, tais como a inteligência artificial e ciência de dados. Esta estratégia digital está no cerne do Espaço Europeu de Dados de Saúde, iniciado em maio de 2022 para desenvolver intercâmbios seguros com os doentes e prestar melhores cuidados, capacitando a investigação e a elaboração de políticas entre os estados membros da UE.
Mas de que tipo de dados estamos a falar? Trata-se da informação relacionada com a nossa saúde gerada quando consultamos um médico ou vamos ao hospital. Chama-se a isto utilização primária de dados de saúde. A utilização secundária é o processamento de informação de saúde agregada para melhorar, por exemplo, os cuidados de saúde, o desenvolvimento de medicamentos ou a investigação.
Paris acolhe um dos exemplos mais avançados de infraestruturas digitais de saúde na Europa. O Centro de Dados de Saúde interage com vários atores dentro do ecossistema de saúde e criou uma plataforma tecnológica que permite que projetos de interesse público tirem partido de grandes fontes de dados.
Quando se trata de reunir informações sanitárias de diferentes países, sob normas e línguas diferentes, o desafio é encontrar uma codificação comum. Isto requer duas etapas principais.
A construção de oleodutos que ligam a base de dados de saúde é um pilar do Espaço Europeu de Dados de Saúde, mas a partilha de dados confidenciais requer elevados níveis de segurança.
O Centro de Dados francês aplica normas rigorosas de proteção das Tecnologias da Informação para impedir o acesso à informação pessoal do paciente.
A Finlândia é outro estudo de caso bem sucedido sobre gestão de dados de saúde. Dirige a Findata, a autoridade de dados para o setor social e da saúde. A agência dá orientações para a utilização secundária das informações sanitárias e assegura que os dados utilizados para projetos de interesse público estão completamente protegidos.
Um passo importante em direção ao Espaço Europeu de Dados de Saúde será dado em setembro com o lançamento da sua versão piloto. O espaço vai monitorizar a utilização transnacional de dados de saúde sobre questões específicas como o cancro ou doenças raras.