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Extremistas podem usar IA para criar armas biológicas e provocar futuras pandemias, alertam peritos

Elemento da UME (Unidade Militar de Emergência) enverga fato de proteção numa instalação em Madrid, Espanha, a 31 de março de 2020.
Um militar da UME (Unidade Militar de Emergência) enverga um fato de proteção numa instalação em Madrid, Espanha, a 31 de março de 2020. Direitos de autor  Manu Fernandez/AP Photo
Direitos de autor Manu Fernandez/AP Photo
De Gabriela Galvin
Publicado a Últimas notícias
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Ferramentas de IA, atuais e emergentes, poderiam ser usadas para criar uma arma biológica capaz de desencadear uma pandemia, dizem especialistas.

No início deste ano, alguns dos principais especialistas mundiais em tecnologia e contraterrorismo reuniram-se para analisar um cenário hipotético: uma pandemia global desencadeada por uma nova estirpe de enterovírus, criada deliberadamente por um grupo extremista com recurso a inteligência artificial (IA).

Pode soar a enredo de ficção científica, mas é inteiramente plausível nos próximos anos, segundo o grupo de 14 especialistas que se reuniu para discutir salvaguardas da IA nas ciências da vida.

O grupo considerou a pandemia fictícia (que previa 850 milhões de casos e 60 milhões de mortes em todo o mundo) "profundamente preocupante e a exigir ação no curto prazo para a evitar", segundo um relatório sobre as discussões.

A IA já está a revolucionar a medicina, prometendo acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas. Mas especialistas têm também alertado para o risco de uma arma biológica potenciada por IA poder causar estragos na humanidade.

Reunido em fevereiro pela Nuclear Threat Initiative e pela Conferência de Segurança de Munique, o grupo de especialistas alertou que a rápida evolução da IA está a reduzir barreiras ao desenvolvimento de armas biológicas por atores maliciosos.

Concluiu o grupo que estas ameaças não estão distantes. Disseram os especialistas ser tecnicamente possível recorrer a ferramentas biológicas baseadas em IA, já existentes e emergentes, para criar novos agentes patogénicos com riscos de nível pandémico.

Acrescentam que as atuais medidas de segurança estão muito pouco preparadas para enfrentar estas ameaças.

Os especialistas defenderam maior cooperação entre líderes mundiais para avaliar e responder a ameaças biológicas potenciadas por IA.

Acrescentaram ainda que os esforços para gerir os riscos da IA devem ser equilibrados com os potenciais benefícios destas tecnologias, de modo a "evitar impor restrições indevidas" à inovação científica.

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