Há quem lhe chame a Ibiza do leste europeu, ou o “Burning Man” ucraniano. Outros dizem que não há mais nada assim no mundo! É uma terra de festa – a República de Kazantip.
A península da Crimeia é uma das estâncias mais populares do mar negro. Não é de admirar que este gigantesco festival de música “techno” e “trance” reúna centenas de milhares de fãs, ano após ano.
Alguns dos maiores DJ’s do mundo vêm cá tocar – é o caso de Sander Van Dorn: “Muitos comparam este festival ao “Burning Man”, na América. No mundo, só há dois festivais assim e este é um deles. É só liberdade, tocamos o que queremos. Espero que o “Burning Man” tenha pelo menos metade da qualidade deste, porque este é mesmo fenomenal!”, diz o DJ.
Mas será que isto é um festival? Os criadores dizem que não. A festa começou há 19 anos, como festa de encerramento de uma competição de windsurf. Hoje, considseram Kazantip como um país utópico, dirigido pelo presidente Nikita Marshunok: “Kazantip não é o que pensam. É aquilo com que sonham milhões de pessoas na terra – uma terra perfeita, uma tentativa de criar uma sociedade nova e melhor”.
Esta nova sociedade tem como única preocupação fazer festa na praia, durante várias semanas seguidas, dia e noite.
Cerca de cem mil pessoas vêm a este evento – sobretudo da Rússia, da Ucrânia e, cada vez mais, dos outros países europeus.
Dormir não é a prioridade, mas mesmo assim é possível dormir nestas tendas de luxo por cerca de 200 euros por dia. Uma solução mais barata é encontrar alojamento na aldeia vizinha, inundada de foliões em agosto. A oferta vai das vivendas para aluguer até às pensões mais em conta, onde o nível de conforto é muito básico.
De regresso à festa, a música não para. Metade dos que estão aqui a dançar já cá tinha vindo. Kazantip tem alguns “habitués”, que vêm em busca, do sol, do mar, da música e das sensações fortes.
Esta maratona de música “techno” acontece pelo décimo nono ano consecutivo, este mês de agosto – Kazantip está já a preparar-se para o grande aniversário do próximo ano. Ainda não há pormenores, mas a festa, neste país imaginário, vai certamente ser revolucionária.