O Parlamento italiano aprovou definitivamente o impopular plano de austeridade de 25 mil milhões de euros do governo de Silvio Berlusconi.
O objectivo é reduzir o défice dos 5,3 por cento registados em 2009 para 2,7 por cento em 2012.
As medidas adoptadas em Maio pelo executivo pretendem tranquilizar os mercados, num momento em que a Itália apresenta uma das dívidas públicas mais elevadas a nível mundial.
Entre os pontos fortemente contestados do plano de austeridade, está o congelamento dos salários da função pública por três anos.
Um médico sindicalista diz que o sistema de saúde vai sofrer pois “nos próximos quatro anos, 40 mil médicos irão para casa sem serem substituídos e metade dos que têm contratos temporários não serão reconduzidos”.
As medidas incluem também uma redução de 10 por cento nos orçamentos ministeriais.
O governo conseguiu, por outro lado, fazer aprovar a reforma das pensões, que prevê um aumento progressivo da idade de aposentação a partir de 2015. A fraca contestação, quando comparado com outros países europeus, deveu-se sobretudo às divisões entre os principais sindicatos.