Conservadores húngaros com vitória esmagadora

Conservadores húngaros com vitória esmagadora
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23:45 (hora de Lisboa)

O partido conservador húngaro Fidesz, do primeiro-ministro Viktor Orban, conseguiu uma vitória imponente nas eleições legislativas deste domingo. O Fidesz está em condições, segundo os resultados parciais anunciados pela comissão eleitoral, de assegurar a maioria de dois terços no parlamento.

De acordo com os resultados apurados, depois da contagem de 93,12% dos boletins eleitorais, o partido de Orban registou 44,61% dos votos, uma vitória ligeiramente abaixo daquela que o Fidesz conseguiu em 2010 (52,7%), mas que lhe dá 133 dos 199 assentos parlamentares, o que equivale, à justa, a uma maioria de dois terços.

23:15 (hora de Lisboa)

O partido conservador Fidesz conseguiu uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares húngaras deste domingo.
O primeiro-ministro Viktor Orban confirmou assim um segundo mandato, com esta vitória do Fidesz, que arrebatou 44,8% dos votos, segundo os resultados oficiais divulgados quando estão contados 87% dos boletins de voto. O que não está ainda esclarecido, é se o partido conservador obteve uma maioria qualificada no parlamento húngaro.
O Fidesz garante assim uma vantagem de quase 20 pontos percentuais sobre a coligação de esquerda liderada pelos socialistas, que conseguiu 25,5% dos votos, e deixando muito para trás os extremistas do Jobbik, com 20,1%.
O partido ecologista LMP reuniu os votos suficientes para entrar no parlamento, ultrapassando a barreira dos 5%. “Desvaneceram-se todas as dúvidas: vencemos”, disse Orban numa primeira reação à vitória, acrescentando que “A Hungria é hoje a nação mais unida da Europa”.
O Fidesz conquistou oito pontos percentuais menos que os obtidos em 2010, quando obteve 52,7% dos votos.

23:00 (hora de Lisboa)

O partido conservador de Viktor Orban alcançou nas eleições parlamentares húngaras deste domingo uma vitória esmagadora, conseguindo – segundo os primeiros dados oficiais, contados 80% dos boletins de voto – 133 mandatos parlamentares, dos 199 totais.

Num primeiro discurso após o anúncio dos primeiros resultados oficiais, Orban disse que esta vitória é a confirmação das suas políticas de criação de trabalho, de apoio às famílias e de combate pela soberania nacional. O primeiro-ministro húngaro sublinhou que os eleitores disseram “não” ao ódio e à ideia de abandonar a União Europeia.

“Eles confirmaram que o lugar da Hungria é na União Europeia, mas só se tiver um governo nacional forte”, disse o líder do Fidesz à multdão que o aclamou junto da sede do partido em Budapeste.

22:30 (hora de Lisboa)

Resultados oficiais (80% dos votos contados, deputados de um total de 199):

FIDESZ-KDNP 133 mandatos
MSZP-EGYÜTT-DK-PM-MLP 37 mandatos
JOBBIK 24 mandatos
LPM 5 mandatos

22:25 (hora de Lisboa)

Resultados oficiais (mandatos, num total de 199):

FIDESZ-KDNP 134 mandatos
MSZP-EGYÜTT-DK-PM-MLP 40 mandatos
JOBBIK 22 mandatos

22:00 (hora de Lisboa)

As eleições parlamentares húngaras deram este domingo uma vitória esmagadora ao partido conservador de Viktor Orban. O Fidesz conseguiu, segundo os primeiros dados oficiais, 46% dos votos.
Com 45% dos votos contados, o Fidesz deixou para trás a coligação de esquerda liderada pelos socialistas (MSZP-EGYÜTT-DK-PM-MLP), com 24%, e o partido extremista Jobbik, com 21,5%.
Os ecologistas do LMP estão, por enquanto, nos 4,5%, o que não lhes permite entrada no parlamento húngaro, pois não superam a barreira dos 5%.

21:35 (hora de Lisboa)

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O Fidesz do primeiro-ministro Viktor Orban vai, muito provavelmente, obter a maioria absoluta no parlamento da Hungria, depois de uma vitória esmagadora nas legislativas deste domingo.
As projeções da comissão eleitoral húngara atribuem 134 mandatos parlamentares ao Fidesz, 40 à aliança de esquerda e 25 ao partido extremista Jobbik.

21:25 (hora de Lisboa)

Resultados eleitorais (assentos parlamentares):

FIDESZ-KDNP 134 mandatos
MSZP-EGYÜTT-DK-PM-MLP 39 mandatos
JOBBIK 26 mandatos

21:20 (hora de Lisboa)

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Antigo dissidente liberal durante o comunismo, Viktor Orban tornou-se conhecido quando pronunciou, nos finais dos anos 80, discursos inflamados contra o regime, na Praça dos Heróis, em Budapeste. Orban pertencia ao grupo de 37 estudantes e intelectuais que em 1988 fundaram o Fidesz, tendo assumido em 1993 a presidência do partido.

Advogado e pai de cinco filhos, Orban foi primeiro-ministro entre 1998 e 2002.

Desde a vitória eleitoral de 2010, o Fidesz elegeu como principal slogan de governação baixar os custos da energia e das rendas de casa. Graças à descida, por duas vezes, do preço da energia e do aquecimento, num total de 20%, o partido governante pôde dizer que se preocupa com as “condições de vida das famílias húngaras”, ao mesmo tempo que demonstrava determinação face às empresas estrangeiras ocidentais que dominam o mercado energético na Hungria. Os bancos foram obrigados a contabilizar os créditos em moeda estrangeira segundo o cálculo mais favorável aos clientes.

As melhorias económicas são visíveis e a agência Standard & Poor’s decidiu aumentar a nota de rating da Hungria, prevendo que a tendência positiva se mantenha e que este ano a economia húngara tenha um crescimento de 1,7%, enquanto outras instituições apontam mesmo para os 2%.

Entre os sucessos de Budapeste, há que contar a descida do défice orçamental. Já no capítulo da redução da dívida do Estado, não há sucessos a registar, pois continua a situar-se acima de 78% do PIB.

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No campo da política social, os conservadores conseguiram apresentar resultados positivos. A aplicação de previlégios fiscais para as famílias numerosas, isenta hoje praticamente do imposto sobre os rendimentos as famílias com três filhos ou mais.

Pela primeira vez na Europa, o governo do Fidesz ocupou-se de procurar soluções sensatas e construtivas para os problemas que envolviam as comunidades ciganas, promovendo a educação, combatendo o desemprego e fazendo depender o apoio social da colaboração positiva dos beneficiários.

Quando teve de aplicar cortes de austeridade, o governo de Orban impôs aos grandes consórcios estrangeiros um imposto “de solidariedade”, medida com a qual ganhou a simpatia dos húngaros. Na mesma linha, Orban sublinhou sempre que conduz uma política independente, proclamando que “a Hungria não é uma colónia”. A par disto, não deixou de procurar atrair o investimento estrangeiro.

21:00 (hora de Lisboa)

O partido conservador Fidesz de Viktor Orban ganhou as legislativas com 48%, segundo as primeiras projeções. Orban renova assim o seu mandato, de acordo com esta primeira sondagem pós-eleitoral, realizada por via telefónica pelo Instituto “Nezöpont”.

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Ainda segundo estas projeções, o bloco de coligação de esquerda, liderado pelos socialistas e composto por cinco partidos, conseguiu 27% dos votos, seguido pelo partido extremista Jobbik, que arrebatou 18%, e do Partido Ecologista com 6%.

20:25 (hora de Lisboa)

Orban bem pode agradecer este sucesso eleitoral à oposição. Os seus dirigentes cometeram nos últimos meses uma séries de erros, a ponto de um conceituado analista político húngaro, Gábor Török, ter dito que este caso deveria ser ensinado nos cursos de Ciências Políticas como excelente exemplo de falta de habilidade política. Depois de, durante um ano, terem discutido a quem devia pertencer a liderança da coligação, quando finalmente chegaram a acordo, o único slogan que conseguiram fazer passar em termos de programa de governação foi “Fora com Orban!”. Isto, enquanto nas listas eleitorais da esquerda figurava toda a panóplia de figuras políticas conhecidas pelas suas ligações com o regime anterior e já uma vez rejeitadas nas urnas pelos eleitores húngaros, em 2010. Como se não bastassem estes tiros nos pés, o Fidesz revelou ainda casos de corrupção de alguns dos políticos da esquerda.

É também, em parte, à esquerda, que se deve o crescimento do apoio conseguido nestes últimos anos pelo partido extremista Jobbik. Um significativo grupo dos eleitores tradicionais da esquerda decidiu votar nos extremistas, não porque concordassem com as ideias destes, mas para demonstrar um protesto contra a esquerda.

O resultado obtido nestas eleições pelo Jobbik, dá-lhe, porém, segundo as primeiras projeções, uma posição algo abaixo daquela que alguns analistas anunciavam, nos últimos meses. O Jobbik melhorou, é certo, o resultado de 2010, mas provavelmente não conseguiu aproximar-se dos 20% que lhe pareciam prometidos. O jovem líder Gabor Vona vai ser obrigado a conformar-se com um cantinho de influência muito limitado.

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19:45 (hora de Lisboa)

Nem todos os locais de voto foram encerrados e neste momento decorre ainda a votação, nalgumas das circunscrições eleitorais da Hungria. Os resultados finais só serão conhecidos dentro de algumas dezenas de minutos, quando a totalidade das urnas tiver sido encerrada e for possível a contagem destes votos.

18:44 (hora de Lisboa)

O partido conservador Fidesz de Viktor Orban ganhou as legislativas com 48%, segundo os primeiros resultados à boca das urnas. Orban renova assim o seu mandato, segundo esta primeira sondagem pós-eleitoral, realizada por via telefónica pelo Instituto “Nezöpont”.

Ainda segundo a mesma sondagem, o bloco de coligação de esquerda, liderado pelos socialistas e composto por cinco partidos, conseguiu 27% dos votos, seguido pelo partido extremista Jobbik, que arrebatou 18%, e do Partido Ecologista com 6%.

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18:00 (hora de Lisboa)

A Hungria foi a votos este domingo, para eleger os deputados que vão assumir os 199 mandatos parlamentares. A vitória do partido conservador Fidesz – Aliança Cívica Húngara, de Viktor Orban, nunca teve razões para recear uma derrota. Orban não tem, muito simplesmente, opositor na Hungria, o Fidesz não tinha portanto com quem perder.
Os resultados destas eleições são fáceis de prever, darão a vitória do Fides – resta saber qual será a escala desta vitória. Uma situação que se deve também aos erros da oposição.

Os resultados de hoje mostrarão se o partido de Orban consegue ou não obter a maioria constitucional mais uma vez ou se vai ter de se contentar com uma maioria comum.

Desta vez, os resultados serão conhecidos – a alteração do sistema eleitoral liquidou a segunda volta, reduziu a metade o número de deputados (de 386 para 199) e simplificou um dos sistemas eleitorais mais complicados da Europa.

Os opositores políticos do Fides afirmam que a alteração introduzida veio criar um sistema que dá ainda mais espaço ao partido vencedor. Mas a resposta do Fides a esta crítica é que, mais cedo ou mais tarde, outros serão igualmente beneficiados. E a verdade é que ninguém acusa de défice de democracia a Grã Bretanha, onde o sistema eleitoral é extremamente desproporcional.

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A alteração do sistema eleitoral é apenas uma pequena parte das mudanças implementadas por Orban durante os últimos quatro anos, realizando aquilo a que chamou, em 2010, “revolução na cabine eleitoral”. Foram mudados na Hungria cerca de 700 decretos e leis, desde a constituição e código civil, à lei que regula os meios de comunicação social. Aos olhos da oposição e da maior parte dos observadores internacionais, tratou-se de um processo de implacável apropriação do Estado através do aproveitamento da maioria constitucional no parlamento. Para os apoiantes do Fides, tratou-se de recuperar o equilíbrio de influências depois de anos de domínio da esquerda e dos liberais. E é facto que não foram ultrapassados os limites da democracia e das liberdades cívicas.

Apesar de por várias vezes modificada, a Constituição húngara data de 1949 e o as velhas influências dos anos 80-90 mantinham-se em todas as instituições, desde os tribunais, aos meios de comunicação social e à economia. O Fidesz quebrou este domínio. E aproveitou, de caminho, para fortalecer a sua posição.

Símbolo desta consolidação, foi, por exemplo, a nomeação, para importantes cargos de decisão, de figuras da confiança do Fidesz, para mandatos de nove anos – ou até doze anos, como foi o caso do chefe do Tribunal de Contas e dos juízes do Tribunal Constitucional. As alterações legislativas, mesmo aquelas tão fundamentais como as da Constituição, foram realizadas à pressa e sem a procupação de as consultar com as restantes forças partidárias.

Foi cimentado assim um sistema político no qual foram enfraquecidos todos os travões ao poder executivo – deixou de existir uma câmara alta do parlamento, um presidente fragilizado é escolhido por um parlamento que passou a ter uma única câmara, portanto pelo partido governante, e todos os orgãos teoricamente concebidos como independentes num sistema democrático, desde o Tribunal Constitucional ao Banco Central, passando pelas direções dos meios de comunicação social públicos, foram colocados sob influência do Fidesz.

O controverso líder do Fidesz alterou largamente a Hungria durante os últimos quatro anos, depois de ter conseguido, em 2010, uma vitória com 52,7% de votos, que lhe garantiu uma maioria de dois terços no parlamento.

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Durante a campanha eleitoral, este político carismático de 50 anos beneficiou das fragilidades, divisões e fraca capacidade de articular um programa alternativo consistente, da principal força da oposição de esquerda, a Aliança para uma mudança de governo, que integra cinco formações de centro-esquerda, uma coligação dominada pelo Partido Socialista (MSZP, ex-Partido comunista).

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