The Corner: Simeone faz história em Madrid

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Diego Simeone conseguiu o impensável! Dezoito anos depois, o Atlético de Madrid voltou a sagrar-se campeão de Espanha. Então, o argentino fez a festa como jogador, peça fundamental no meio campo juntamente com José Luis Caminero e Milinko Pantić. Agora, levou os colchoneros ao décimo título da sua história como treinador.

Um empate em Barcelona foi suficiente para os madrilenos festejarem, Diego Godín foi o herói com o golo decisivo. O uruguaio empatou de cabeça na sequência de um pontapé de canto, já no segundo tempo.

O Atlético quebra o domínio de Real e Barcelona na Liga espanhola, que durava desde 2005.

O grande derrotado dos dois gigantes, no entanto, é o Barcelona, que termina o ano apenas com uma Supertaça espanhola no palmarés. O primeiro a pagar foi o treinador Gerardo Martino, que anunciou a saída logo após o último jogo.

O melhor Barça da história já acabou, Neymar não pode deixar de se interrogar o que teria acontecido se tivesse escolhido o Real?

Os merengues não foram além do terceiro lugar, é certo, mas venceram a Taça do Rei, com um triunfo frente ao Barcelona na final, e ainda podem conquistar a Liga dos Campeões.

Ancelotti queria um pleno na sua primeira temporada no Santiago Bernabéu mas terá de se contentar com dois títulos, no máximo… isto se o Atlético o permitir, na final de Lisboa, no próximo sábado.

As duas caras de Manchester

Na Premier League a luta pelo título também só foi decidida na última jornada e quem teve motivos para festejar, pela segunda vez em três anos, foi o Manchester City. A equipa de Manuel Pellegrini conseguiu uma dobradinha, já tinha conquistado a primeira Taça da Liga em 38 anos. Nem a multa da UEFA por não cumprir o fair play financeiro conseguiu estragar a festa.

Quem terminou a temporada em lágrimas foi o Liverpool, que superou as expectativas durante toda a temporada e acreditou no título até ao fim. Se não tivesse perdido em Anfield frente ao Chelsea, a história teria sido diferente.

A outra cara de Manchester pertence aos adeptos do Manchester United, que tudo farão para esquecer a temporada que terminou o mais rapidamente possível. A equipa de David Moyes terminou na sétima posição, uma prestação que deixa os Red Devils fora das competições europeias pela primeira vez desde 1988/89.

Para já a principal alteração estará no banco de suplentes. Moyes tinha assinado por seis anos para suceder a Sir Alex Ferguson mas não chegou a terminar a primeira temporada.

Ryan Giggs ainda orientou a equipa nas últimas jornadas mas já tem o destino traçado para 2014/2015. Será adjunto de Louis van Gaal.

O regresso dos gunners

A época em Inglaterra terminou com o regresso do Arsenal aos títulos, nove anos depois. A equipa de Arsène Wenger conquistou a Taça de Inglaterra, impondo-se na final de Wembley ao Hull City por 3-2. Um encontro onde os londrinos até estiveram a perder por 2-0.

O triunfo atenua a contestação ao técnico francês. Na temporada que terminou, os gunners até foram a equipa que mais tempo esteve na frente da Premier League mas teve de se contentar com a quarta posição.

Treinador do Arsenal desde outubro de 1996, Wenger deverá renovar contrato com os londrinos.

Bayern, sempre o Bayern

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Na Alemanha não houve surpresas, ninguém conseguiu quebrar a hegemonia do Bayern de Munique. Os bávaros venceram a Bundesliga um mês e meio antes do fim da competição e asseguraram também a conquista da décima sétima Taça da sua história, com uma vitória na final frente ao Borussia Dortmund.

A pedra no sapato a impedir uma temporada perfeita foi a eliminação nas meias-finais da Liga dos Campeões.

A tarefa do Borussia apresenta-se cada vez mais difícil. Na Europa, a equipa de Jürgen Klopp caiu nos quartos-de-final, na Bundesliga terminou a 19 pontos do Bayern, falhou a vingança na final da Taça, em Berlim, e como se não fosse suficiente, ainda vê os melhores jogadores juntarem-se ao Bayern de Munique no final da cada temporada. Aproximam-se tempos difíceis para o Borussia.

Juventus bate recordes… mas só em Itália

Três títulos consecutivos na Serie A, 30 scudetti conquistados, 102 pontos, uma marca nunca antes alcançada nos principais campeonatos europeus. São estes os números da Juventus, que terminou o campeonato sem perder em Turim.

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A Vecchia Signora domina em Itália mas continua com dificuldades além-fronteiras. Na Liga dos Campeões não passou sequer da fase de grupos, na Liga Europa foi eliminada nas meias-finais pelo Benfica e perdeu a oportunidade de disputar o encontro decisivo no seu próprio estádio.

Nada que se compare ao Milan, no entanto, que falha as competições europeias pela primeira vez em 15 anos. Os rossoneri não foram além da oitava posição e nem a mudança de treinador foi suficiente para melhorar uma equipa que mais parece uma sombra dela própria.

Benfica faz o pleno

Em Portugal, o Benfica esqueceu rapidamente o desgosto de perder mais uma final europeia ao vencer a Taça de Portugal pela primeira vez em dez anos.

Os encarnados derrotaram na final do Jamor o Rio Ave com um tento solitário de Nico Gaitán, garantindo o triunfo em todas as competições em que participaram a nível interno.

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