A tensão entre a NATO e a Rússia nunca esteve tão alta desde a Guerra Fria. As acusações de ambos os lados sucedem-se.
O embaixador norte-americano junto da Aliança Atlântica acusa a força aérea russa de desligar os dispositivos de comunicação dos aviões militares que sobrevoam as zonas de fronteira com os países membros da NATO, colocando em risco os voos civis.
A Rússia aumentou a frequência dos voos militares e, segundo o embaixador, tem havido múltiplos incidentes com aviões russos que não se dão a conhecer aos sistemas de controlo de tráfego aéreo.
Por outro lado, a aliança ocidental não se cansa de acusar a Rússia de estar a armar os rebeldes ucranianos através das supostas colunas humanitárias e de nâo respeitar a fronteira da Ucrânia.
“As diferentes colunas que temos visto atravessar a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia lembram-nos que a fronteira não está a ser respeitada e uma parte do acordo de Minsk era o respeito da fronteira e a vigilância internacional da fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, diz o secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg.
Em resposta a estas acusações, a Rússia acusa, por seu turno, a Aliança Atlântica de querer desestabilizar a Europa do Norte com o aumento das atividades nos Estados bálticos, e avisa que a adesão da Ucrânia à NATO desestabilizaria todo o sistema de segurança europeu.