Paquistão sob pressão para intensificar a luta contra o extremismo

No Paquistão a tensão permanece palpável em Peshawar, a localidade na qual há uma semana 148 pessoas, na sua maioria crianças, foram massacradas por comandos talibã.
"A dor que eu e outros pais sentimos pela morte dos nossos filhos apenas reforça a nossa determinação em lutar contra os Talibã", Sharif Gul, pai de um estudante morto no ataque
Soldados do exército paquistanês estão de guarda às portas da escola. Os pais das vítimas que aqui se deslocam para recuperarem os pertences dos seus filhos
são revistados pelos militares.
Uma mãe cujo filho sobreviveu ao ataque afirma que as crianças jamais se libertarão da memória deste evento.
“As crianças que sobreviveram têm pesadelos sobre o dia do ataque. As imagens continuam muito presentes. A dor é uma constante. Não adivinhávamos que isto iria acontecer. Todas as mães mandaram as suas crianças para a escola como num dia normal”, adianta Shahida Sardar.
O ataque contra a escola em Peshawar é o ato terrorista mais mortífero da história do Paquistão. Foi condenado por todo o mundo. A comunidade internacional está a pressionar Islamabad para erradicar os rebeldes. A população também pretende colocar um ponto final neste sofrimento.
Sharif Gul, pai de um estudante morto no ataque afirma que “a dor que eu e outros pais sentimos pela morte dos nossos filhos apenas reforça a nossa determinação em lutar contra os Talibã”.
Por seu lado, as autoridades alertam para a possibilidade de mais ataques.
Segundo Chaudhry Nisar Ali Khan, ministro do Interior do Paquistão, “estamos a receber informações provenientes de todo o país, segundo as quais os extremistas estariam a preparar mais um ataque. Todos precisamos de estar alerta”.
O atentado foi reivindicado pelo grupo Tehreek-e-Taliban, um grupo paquistanês extremista que luta para derrubar o governo.
De acordo com observadores, as operações militares ou os enforcamentos de extremistas islâmicos não serão suficientes para erradicar esta organização terrorista.