EventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Pediga assombra acolhimento alemão aos refugiados islâmicos

Pediga assombra acolhimento alemão aos refugiados islâmicos
Direitos de autor 
De  Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Há dois meses, algumas centenas de ativistas formaram o movimento Pediga, na Alemanha . A sigla equivale a: “Patrióticos europeus contra a

PUBLICIDADE

Há dois meses, algumas centenas de ativistas formaram o movimento Pediga, na Alemanha .
A sigla equivale a: “Patrióticos europeus contra a islamização do ocidente”.

Muitos mais ativistas se juntaram, esta segunda-feira, nas manifestações que decorreram em Dresden.
Antes do Natal já eram 17 mil.

O fundador do Pediga, Lutz Bachmann atraiu nacionalistas de direita assim como alemães da classe média, em geral, alarmados com a contínua chegada de refugiados.

Lutz Bachmann, o líder, sabe como unir a assistência: “- A Alemanha não é uma terra de imigração. Integração não significa viver cada um para seu lado mas sim juntos, temos de viver na base dos valores de raíz, judaico-cristãos, determinados pelo cristianismo, humanismo e luz”.

O ativista justifica a criação do movimento como consequência dos confrontos entre refugiados sírios e salafistas no passado mês de outubro, nas ruas de Hamburgo. Decidiu, então, reagir, e convocou os manifestantes através das redes sociais.

Fazem ecoar cânticos religiosos para reivindicar as raízes culturais da Alemanha, mas começam a ter dificuldades em controlar a adesão dos neonazis e outros, guiados por instintos xenófobos.

Têm todos uma crítica a fazer em relação ao acolhimento alemão:
“Vejam onde vivem os que pedem asilo. São apenas homens. Onde estão as famílias? São criminosos que deixaram para trás os familiares, na guerra. “

Além de ser um destino privilegiado dos imigrantes na Europa, a Alemanha é, também, o primeiro destino dos muçulmanos que solicitam asilo.
Desde o início de 2014, acolheu 200 mil refugiados da Síria, do Iraque e de outros países em guerra civil.

A chanceler alemã, Angela Merkel, teve de intervir para que o movimento não ganhe proporções desmedidas:

“- Não oiçam estes apelos para se manifestarem. Por trás deles, muitas vezes, estão preconceiros, ódio, frieza”.

A vaga de xenofobia, iniciada em Dresden, já atingiu o coração de 30% de alemães, que aderiam ao Pediga. Todas as semanas, à segunda-feira, em todo o país, são organizadas contra-manifestações para testemunhar o apoio dos alemães aos que fugiram dos seus países em condições drásticas e vivem em solo germânico.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Iluminação alusiva ao Ramadão em Frankfurt levanta discussão

Será que a Alemanha pode ser neutra em relação à guerra de Gaza?

Berlinenses saem à rua para protestar contra a extrema-direita