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Depois do euro, Lituânia prepara eventual invasão militar russa

Depois do euro, Lituânia prepara eventual invasão militar russa
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De  Francisco Marques com REUTERS
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A Lituânia lançou um manual de sobrevivência em guerra. O mais recente e 19.° membro da zona euro receia uma eventual investida militar russa no país

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A Lituânia lançou um manual de sobrevivência em guerra. O mais recente e 19.° membro da zona euro receia uma eventual investida militar russa no país e já está a precaver os cidadãos.

“Mantenha uma mente sã, não entre em pânico e não perca a clareza de pensamento. Tiros mesmo do lado de fora da sua janela não significam o fim do Mundo”, lê-se no manual, que deverá começar a ser enviado pelo Ministério da Defesa para as bibliotecas lituanas na próxima semana.

'Keep a sound mind, don’t panic': Lithuania prints ‘Russian invasion’ survival manual http://t.co/K0UfQipjw6pic.twitter.com/uB242ECHf9

— RT (@RT_com) 15 janeiro 2015

O tutorial impresso explica aos cidadãos como devem resistir à eventual ocupação russa, com manifestações e greves ou “pelo menos executando o seu trabalho pior do que o normal.”

Em caso de invasão, o manual sugere aos lituanos para se organizarem através das redes sociais Twitter e Facebook, tentando ao mesmo tempo ataques cibernéticos contra o inimigo.

#Lithuania's now has a war manual to prepare citizens for a Russian invasion http://t.co/RiEaQonXxHpic.twitter.com/rs0nb00tDu

— The Moscow Times (@MoscowTimes) 16 janeiro 2015

A Lituânia passou grande parte do século XX incorporada na União Soviética, como a Letónia ou a Estónia. Assim que conseguiu a independência, após o fim do bloco, em 1991, perseguiu a associação à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e à União Europeia. Conseguiu-o. A 1 de janeiro deste ano entrou também para a zona euro e foi invadida, no bom sentido, pela moeda única europeia.

Os receios face à Rússia têm vindo a crescer devido à intervenção não assumida de Moscovo no conflito no leste da Ucrânia e foram reforçados pelos exercícios militares russos em dezembro no enclave de Kaliningrado, que integraram cerca de 9 mil soldados e mais de 55 navios de guerra.

Today we mourn with the people of #Ukraine and remember those killed by terrorist hands. #UnitedForUkrainepic.twitter.com/Pn5C6swBFG

— Lithuania MFA (@LithuaniaMFA) 15 janeiro 2015

“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam parte dos respetivos territórios, mostram-nos que não podemos pôr de parte uma situação similar na Lituânia. Temos de estar preparados”, disse à Reuters o ministro da Defesa Juozas Olekas, acrescentando: “Quando a Rússia começou a agressão na Ucrânia, os lituanos perceberam que o nosso vizinho não é um amigo.”

Para lá do manual de sobrevivência em guerra para os cidadãos, o Governo da Lituânia esta também a considerar a exigência de que todos os futuros edificios a serem construídos no país integrem um abrigo antibomba nas proximidades.

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