Antes da visita de Vladimir Putin à Hungria, 2000 pessoas manifestaram-se em Budapeste contra a aproximação à Rússia.
“Putin não, Europa sim” – foi a mensagem dos manifestantes húngaros, um dia antes da visita do presidente russo a Budapeste.
Vladimir Putin vai falar com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, a propósito do contrato de fornecimento de gás e da crise na Ucrânia.
Os manifestantes discordam das posições nacionalistas que têm sido adotadas por Orbán e não vêm com bons olhos a aproximação à Rússia de Putin: “Não existe equilíbrio nestes dois países. Na Rússia não existe de todo, aqui estão a desmantelá-lo. Que oposição há na Rússia? Há eleições livres? Não. Aqui há? Haver há, mas o atual sistema cria desequilíbrios”, disse um manifestante.
Diz outra participante no protesto: “Sou jovem e quero ficar na Hungria. A Hungria é a minha casa, mas estou preocupada com o que pode vir a acontecer. Não quero que o país tome uma direção errada. Se isso acontecer, vou ter de partir, mas é algo que não quero”.
Em 1989, a Hungria foi o primeiro país a romper com o bloco soviético, ao abrir a fronteira com a Áustria. Estes manifestantes querem que o atual governo volte a a fazer frente a Moscovo.
O repórter da euronews Attila Magyar testemunhou este protesto: “As relações entre a Rússia e a Hungria nunca estiveram livres de incidentes, por causa do contexto histórico. Há alguns, anos, durante o conflito russo-georgiano, o ministro dos Negócios Estrangeiros manifestou-se com uma faixa a dizer “russos vão para casa”. Desde então, parece ter havido uma grande mudança nas posições do governo”.
People in #Budapest, #Hungary, hold an anti-Putin rally ahead of the #Russian president's visit on Feb. 17. pic.twitter.com/fzSXmB9o6x
— AJ+ (@ajplus) February 16, 2015