Estónia elege novo governo com os olhos postos na Rússia

A Estónia elege este domingo um novo governo num sufrágio marcado tanto pelo debate sobre a economia como sobre as relações com a Rússia.
Um milhão e trezentos mil eleitores são chamados às urnas até às 20h00 locais, menos duas horas em Lisboa, quando 19% já se pronunciou através do voto eletrónico.
As últimas sondagens apontavam para um resultado renhido entre o partido Reformista, atualmente no poder, e a oposição do Partido Centrista, que defende uma maior cooperação com Moscovo.
Uma divisão que não deverá evitar a continuidade no poder do governo de coligação, quando cinco dos seis partidos em competição já recusaram aliar-se aos centristas.
O primeiro-ministro cessante, Taavi Roivas, de 35 anos, o mais jovem da União Europeia, deverá assim reeditar a coligação com os sociais-democratas que se encontram em terceiro lugar nas tendências de voto.
Os rivais centristas, liderados pelo antigo presidente da câmara de Talinn, Edgar Savisaar, centraram a campanha sobre as questões sociais, nomeadamente o aumento do salário mínimo, quando são apoiados por 70% do eleitorado russófono do país.