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O avião solar está no ar

O avião solar está no ar
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De Nelson Pereira
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O avião movido a energia solar está aí. O sonho de um avião capaz de voar dia e noite sem combustível e sem poluir, começa a tornar-se realidade.

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O avião movido a energia solar está aí. O sonho de um avião capaz de voar dia e noite sem combustível e sem poluir, começa a tornar-se realidade.

O projeto, batizado Solar Impulse, nasceu em 2003. Foi preciso muito trabalho para o aperfeiçoar, mas está finalmente pronto para um voo ambicioso.

Em abril de 2008, a Comissão Europeia decidiu apadrinhar o projeto de Bertrand Piccard e André Borschberg, reconhecendo a importância do Solar Impulse para um impulso às energias renováveis.

Quando descolou pela primeira vez em 3 de dezembro de 2009 em Dübendorf, na Suíça, o Solar Impulse não se ergueu mais alto que alguns decímetros. Mas um ano depois, a aeronave fez um voo de 26 horas, provando a capacidade de armazenar suficiente quantidade de energia nas baterias de lítio.

Um segundo modelo mais perfeito, o Solar Impulse 2, realizou o primeiro voo na Suíça em junho de 2014. O Solar Impulse 2 dispõe de quatro motores eléctricos, alimentados por 17 mil células fotovoltaicas. Com uma hélice de 17,5 cavalos e meio, tem a potência de uma scooter.

Com 72 metros, o Solar Impulse 2 tem só menos oito metros de comprimento de asas que um Airbus A380. Fabricado em fibra de carbono, pesa apenas 2.300 quilos, o peso de um veículo todo-o-terreno familiar.

Depois de 12 anos de trabalho, Bertrand Piccard, co-fundador deste projeto, decidiu avançar para o verdadeiro teste de fogo: o Solar Impulse 2 está no ar para um voo à volta do mundo.

“Vamos partir de Abu Dhabi, atravessar a Índia e a China, realizando etapas de 24 horas, para seguir depois para o Havai e os Estados Unidos, sobrevoar o Atlântico rumo à Europa do Sul e Norte de África, e fazer então um longo voo de regresso a Abu Dhabi, completando assim o ciclo do globo terrestre.”, explicou Piccard.

Um percurso ousado que exige dos dois pilotos, Bertrand Piccard e André Borschberg, uma excelente forma física.

São 35 mil quilómetros, 25 dias de voo, a uma altitude de 8 500 metros durante o dia e 1 500 metros durante a noite, num cockpit não pressurizado. E um só piloto a bordo durante uma etapa de cinco dias e cinco noites. Entre Abu Dhabi e a primeira escala em Mascate, capital de Omã, é Borschberg que assume a pilotagem:

“Planeamos descansar ou dormir durante um máximo de 20 minutos de cada vez, restabelecemos então o contacto com o centro de controle, fazemos a verificação do desempenho do avião e podemos ter em seguida um segundo intervalo de repouso.”, sublinhou o piloto suíço.

Esta é uma prova exigente para os pilotos, mas o Solar Impulse não é uma aventura desportiva – o objetivo deste projeto é demonstrar que podemos dispor hoje da tecnologia que nos permite economizar a energia consumida no planeta.

O voo pode ser seguido no twitter (hashtag @solarimpulse) e na página online do projeto

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