O parlamento francês aprovou, esta terça-feira, em primeira leitura, a nova lei sobre o fim de vida. A proposta que, sem prever o direito à
O parlamento francês aprovou, esta terça-feira, em primeira leitura, a nova lei sobre o fim de vida.
A proposta que, sem prever o direito à eutanásia, inclui a possibilidade de uma sedação forte para doentes em fase terminal, foi adotada por 436 votos a favor e 34 votos contra.
Entre a maioria que votou a favor da proposta encontram-se os deputados conservadores, socialistas e centristas, com ecologistas e extrema-esquerda a opôr-se ao projeto-lei.
O autor da proposta, o deputado conservador do partido UMP, Jean Leonetti, explica:
“Esta lei não muda os grandes princípios da legislação existente, mas dá mais autonomia e mais liberdade e capacidade de decisão às pessoas vulneráveis, que estão doentes ou em fase terminal”.
O projeto-lei, que deverá ainda ser submetido ao senado antes do verão, dá mais poder aos médicos de optar por este tipo de sedação terminal, para casos específicos.
Ao mesmo o tempo os pacientes poderão expressar antecipadamente a vontade de optar por esta solução, com uma declaração escrita, inscrita no cartão de saúde.
A proposta não legaliza, no entanto, o direito à eutanásia ou o chamado suicídio assistido, mesmo que 80% dos franceses estejam a favor desta opção, segundo as últimas sondagens.