Andaluzia: 1.º teste ao 'anunciado' fim do bipartidarismo em Espanha

As eleições antecipadas deste domingo na Andaluzia são olhadas com atenção em Espanha e por toda a Europa. Após anos de crise económica e política, este é o primeiro embate local entre as novas forças políticas, que emergiram da contestação popular e os partidos tradicionais, minados por escândalos de corrupção e desgastados por décadas de alternância no poder e pela maior crise do pós-guerra.
Com cerca de 8 milhões de habitantes, a Andaluzia é a região mais povoada de Espanha, mas também uma das mais pobres, com uma economia assente na agricultura.
Com cerca de 8 milhões de habitantes, a Andaluzia é a região mais povoada de Espanha, mas também uma das mais pobres, com uma economia assente na agricultura.
Implantada no extremo meridional da Península Ibérica, a Andaluzia é governada há mais de três décadas pelos socialistas, que são dados como vencedores. Mas as sondagens também anunciam o fim do bipartidarismo e que PSOE e PP vão ter de iniciar um diálogo e eventualmente formar alianças com o Podemos e/ou o Ciudadanos.
Para já, socialistas e conservadores preferem apenas alertar para o “perigo” destas novas forças políticas, que estarão a fazer promessas que não podem cumprir, não hesitando em fazer comparações com o Syriza, na Grécia.
O mapa político espanhol vai continuar a ser redesenhado em Maio, nas eleições locais. Lá mais para o final do ano será tempo de eleger um novo Governo em Madrid.