No dia 27 de maio passado a primeira ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt, anunciou a realização de eleições gerais no dia 18 de junho.
No dia 27 de maio passado a primeira ministra da Dinamarca, Helle Thorning Schmidt, anunciou a realização de eleições gerais no dia 18 de junho.
A social democrata acredita que após 18 meses de crescimento económico chegou a altura dos eleitores tomarem uma decisão.
A primeira-ministra afirma que o seu governo foi responsável por lidar com a crise financeira de 2008-09 que teve consequências sérias para o país.
Tempo de escolha
Helle Thorning-Schmidt governa a Dinamarca com uma coligação minoritária de centro-esquerda após os socialistas terem saído por não concordarem com a venda de 19% da maior empresa de produção de energia ao banco norte norte-americano, Goldman Sachs.
A política económica de tendência socialista deslocou-se para o centro devido à influência do partido parceiro da coligação, “Radikale Venstre”. A primeira-ministra promete menos austeridade, mais crescimento e mais projetos sociais. Os seus opositores políticos argumentam com menos impostos e menos imigração.

A vitória de Thorning-Schmidt em 2011 abriu as portas ao regresso da esquerda ao poder depois de uma década passada na oposição. A igualdade de género é vista como algo já estabelecido no país que tem a taxa de emprego feminino mais elevada da UE, 72,4% das mulheres e 76,5% dos homens trabalham a tempo inteiro.
Mesmo que os partidos de centro-direita dominem as sondagens desde há vários anos, a primeira-ministra, de 48 anos de idade, é mais popular do que Lars Løkke Rasmussen, o líder da oposição, que chefiou o governo entre 2009 e 2011. Rasmussen foi criticado por utilizar dinheiro dos contribuintes para comprar roupas e viagens para ele e a família.

Vida de luxo
Apesar das convições políticas de esquerda, Helle Thorning-Schmidt não está imune a críticas. Ela é vista por muitos como parte de uma classe social privilegiada e consumidora de produtos de luxo.
Os seus discursos já foram descritos como “mecânicos” mas após os atentados terroristas em Copenhaga foi vista a chorar em público nos funerais o que beneficiou a sua imagem pública.
A primeira-ministra é casada desde 1996 com o deputado trabalhista britânico Stephen Kinnock (filho do antigo líder trabalhista Neil Kinnock).
