Assange: Três anos de reclusão

O fundador do site Wikileaks cumpriu ontem três anos de reclusão na embaixada do Equador em Londres, quando aguarda ainda uma oportunidade para provar a inocência face às acusações de abuso sexual na Suécia.
Segundo o informático e ativista, a procuradora sueca responsável pelo inquérito teria cancelado uma visita a Londres prevista para quarta-feira, depois de ter aceite em março deslocar-se ao Reino Unido para ouvir o australiano de 43 anos.
Para assinalar a data e o impasse em torno da situação de Assange, o site de fugas Wikileaks lançou um novo site – Govwaste – onde contabiliza as despesas da vigilância policial britânica sobre a embaixada equatoriana: cerca de 15,7 milhões de euros.
O site iniciou, entretanto, a revelação de mais de meio milhão de novos documentos secretos provenientes da embaixada norte-americana na Arábia Saudita.
Cinco anos após as primeiras revelações do Wikileaks sobre as campanhas militares norte-americanas no Iraque e no Afeganistão, Assange continua a temer que o processo na Suécia, cujas acusações poderão prescrever em breve, possa conduzir à sua extradição para os Estados Unidos.