Em troca de ajuda financeira, o primeiro-ministro grego deve elaborar ovas propostas de reforma aceitáveis pelos parceiros europeus
De regresso da Rússia, e antes da cimeira europeia extraordinária da próxima segunda-feira, Alexis Tsipras foi recebido, em Atenas, ao som de alguns “bravo”.
Bravo, talvez, por o primeiro-ministro grego não aceitar as reformas que os credores e os parceiros europeus querem impor a Atenas. Mas sem reformas, o governo helénico não poderá receber a última fatia do segundo plano de resgate – e, consequentemente, não poderá pagar os mais de 1,5 mil milhões de euros devidos ao FMI no próximo dia 30.
Apesar da ameaça de bancarrota que pesa sobre a Grécia, Alexis Tsipras respeita a agenda. Sexta-feira esteve em São Petersburgo, onde Atenas e Moscovo assinaram um acordo sobre a construção de um gasoduto.
Nos bastidores, e segundo a agência russa Tass, discutiu-se igualmente a questão de uma ajuda financeira da Rússia à Grécia. O VTB, o segundo banco russo, já fez saber que está interessado em participar no processo de privatização da banca grega.