Refugiados lutam pela sobrevivência na ilha grega de Lesbos

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Desde Janeiro, que a Grécia tenta resolver outra crise, quando o país registou a chegada de mais de 55 mil clandestinos desde o início do ano. Só a

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Desde Janeiro, que a Grécia tenta resolver outra crise, quando o país registou a chegada de mais de 55 mil clandestinos desde o início do ano.

Só a ilha de Lesbos, junto às àguas costeiras turcas, acolheu mais de 20 mil refugiados. Cada dia desembarcam cerca de 700 pessoas, no pequeno território, provenientes do Afeganistão, Síria e Líbia.

Os dois únicos centros de acolhimento da ilha encontram-se sobrelotados. Em Karatepe, um campo aberto há poucos meses, há apenas duas casas de banho para cerca de mil refugiados.

“Nós fugimos da morte, da morte. Encontramos a morte a cada escala desta viagem. Fugimos da morte no nosso país, para encontrar a morte no mar, e fugimos da morte no mar para encontrá-la aqui neste campo”, afirma um migrante sírio.

“Eu quero ir para a Alemanha pois dizem-me que é um sítio onde vou ser respeitado. Eu não preciso do dinheiro deles, nem do pão, nem da comida, eu não preciso de nada. Só que os meus filhos possam ir à escola, é a única coisa que preciso”, afirma outro migrante sírio.

A ONU tinha já lançado um alerta, em junho, para a escassez de recursos para acolher os refugiados na ilha.

Um apelo que está longe de ter sido ouvido para o presidente da câmara de Mytilini, a principal cidade da ilha.

“Estou numa situação que é um pouco como se a comunidade internacional, a União Europeia, a Cruz Vermelha e as Nações Unidos me tivessem deixado uma bomba nas mãos com o rastilho a arder lentamente, e eu grito desesperadamente por ajuda para apagar o rastilho, mas eles estão à espera que bomba rebente em vez de tentarem ajudar-nos”.

Só no mês passado, cerca de 15 mil refugiados chegaram à ilha, onde apenas um punhado de organizações humanitárias tenta garantir a distribuição de alimentos aos refugiados que, em geral, se limita a uma refeição por dia.

Com a Itália, a Grécia é o país europeu que acolheu mais refugiados desde o início do ano, seguido de Espanha e de Malta.

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