Os substitutos dos cinco serão nomeados “nos próximos dias”, afirmou o porta-voz do governo, Pavlos Marinakis, num comunicado.
Cinco altos funcionários do governo grego, incluindo um ministro e três adjuntos, demitiram-se na sexta-feira, na sequência de alegações de envolvimento em corrupção na má gestão dos subsídios agrícolas da União Europeia.
O caso decorre da alegada má gestão dos subsídios da UE para a agricultura entre 2019 e 2022 por uma agência governamental, conhecida pelo seu acrónimo grego OPEKEPE, encarregada de gerir os fundos.
De acordo com a Procuradoria Europeia, um “número significativo de indivíduos” recebeu subsídios através da agência com base em declarações falsas, incluindo alegações de propriedade ou arrendamento de pastagens que eram, de facto, terras públicas.
Os suspeitos continuaram a apresentar falsas declarações sobre gado até 2024, mantendo o direito ao pagamento de subsídios, acrescentou.
No início da semana, o Ministério Público enviou ao parlamento grego um dossier com um grande volume de processos, incluindo alegações de possível envolvimento de ministros do governo num esquema de fraude organizado.
Na Grécia, os deputados gozam de imunidade de ação penal, que só pode ser levantada por votação parlamentar.
Numa carta de demissão enviada ao primeiro-ministro na sexta-feira, o ministro da Migração e Asilo, Makis Voridis, manteve a sua inocência, dizendo que estava a renunciar ao cargo para se concentrar na limpeza do seu nome.
Voridis foi ministro da Agricultura entre meados de 2019 e o início de 2021.
O primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis aceitou a sua demissão, bem como a dos vice-ministros dos Negócios Estrangeiros, da Agricultura e Alimentação e da Governação Digital, e do secretário-geral da Agricultura e Alimentação.
Os substitutos dos cinco ministros serão nomeados “nos próximos dias”, afirmou o porta-voz do governo, Pavlos Marinakis, num comunicado.