Quarto "bloguer" antiextremismo religioso assassinado no Bangladeche

Quarto "bloguer" antiextremismo religioso assassinado no Bangladeche
Direitos de autor 
De  Francisco Marques com Dhaka Tribune
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O “bloguer” “Niloy Neel” foi brutalmente assassinado no Bangladeche a golpes de machete. Foi o quarto ativista internauta antiextremismo a ser

PUBLICIDADE

O “bloguer” “Niloy Neel” foi brutalmente assassinado no Bangladeche a golpes de machete. Foi o quarto ativista internauta antiextremismo a ser assassinado, nos últimos seis meses, naquele país de maioria islâmica e literalmente “colado” ao nordeste da Índia.

De nome verdadeiro Niladri Chaterjee, “Niloy Neel” era casado, tinha 28 anos, exprimia-se sobretudo pelo Facebook e por uma plataforma na internet conhecida como Ishtishon. Era conhecido por escrever contra os criminosos de guerra e por defender os direitos das mulheres e crianças.

Bangladesh: Savage killing of blogger #NiloyNeel must not go unpunished http://t.co/lIosBwyWn3pic.twitter.com/eCwZVSCc1w

— AmnestyInternational (@AmnestyOnline) 7 agosto 2015

Nos últimos tempos, “Niloy Neel” insistiu no apelo à justiça pelos colegas de “luta” escrita, assassinados nos meses anteriores. Mas, tal como Avijit Toy, em Fevereiro, Oyasiqur Rehman, em março, e Ananta Bijoy Das, em maio, Niladri Chaterjee também acabou morto de forma brutal, com machetes.

Os quatro eram contra o extremismo religioso, criticavam o radicalismo islâmico que levava a atacar inclusive mesquitas e defendiam a mudança para um Estado laico, isto é, sem qualquer religião dominante. O grupo “jihadista” Ansar al Islam, também conhecido como Al-Qaida do Subcontinente Indiano, reivindicou o assassinato de “Niloy Neel”, descrito como “blasfemo” na carta que o grupo terrorista enviou para as redações.

#BREAKING: Al-Qaeda of Indian Sub-Continent claims responsibility for killing #blogger Niladri http://t.co/XL1MJkLMP4pic.twitter.com/jDoCEevU2B

— The Daily Star (@dailystarnews) 7 agosto 2015

Imran Sarkar, porta-voz do movimento Shahbag, exige justiça: “Foi o quarto ‘bloguer’ consecutivo a ser morto em 6 meses. Por isso, estamos aqui a protestar. Queremos justiça pelos ‘bloguers’. Com o ‘Niloy’, já perdemos quatro. Exigimos justiça pelo assassinato de ‘bloguers’.”

O assassinato de “Niloy”

De acordo com o jornal Dhaka Tribune, a mulher Ashamoni contou que um homem com pouco mais de 20 anos, envergando uma “t-shirt” e calças de ganga, deslocou-se ao apartamento, alegando que estava interessado em aluga-lo e que o proprietário lhe havia dito para o visitar.

Another blogger murdered in #Dhakahttps://t.co/6×1nKDaxqe#Bangladesh#BloggerMurder#BloggerKilling

— DhakaTribune (@DhakaTribune) 7 agosto 2015

A mulher estranhou que o homem estivesse a mexer muito no telemóvel e terá pedido a “Niloy” para pedir ao homem que saísse. De repente, no entanto, três outros homens entraram de rompante no apartamento. Um deles, reteve Ashamoni e a irmã na varanda sob ameaça de arma de fogo. No quarto, um outro, com cerca de 35 anos e de barba, começou a golpear “Niloy” e a gritar “Allah Akbar”.

Escassos minutos depois, os agressores saíram do apartamento ainda a gritar o mesmo. Fontes da morgue, revelaram que “Niloy” morreu no local, com mais de 20 golpes no corpo.

O que é o movimento Shahbag?

É um movimento surgido dos protestos realizados no Bangladeche em fevereiro de 2013, na praça com o mesmo nome na capital, Daca. Em causa, há dois anos e meio, esteve a sentença de prisão perpétua para Abdul Quader Mollah, pelo Tribunal de Crimes Internacionais, um órgão de justiça criado no Bangladeche para investigar e julgar o genocídio cometido pelo exército do Paquistão em 1971, durante a guerra de libertação do país.

O antigo líder do maior partido islâmico do Bangladeche, o Jamaat-e-Islami, foi considerado culpado em cinco das seis acusações e, por isso, os manifestantes queriam mais, pediam a pena de morte. Os ativistas lançaram-se para a internet, numa campanha que ganhou força e cresceu, sobretudo, nas redes sociais.

(function(d, s, id) { var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)0; if (d.getElementById(id)) return; js = d.createElement(s); js.id = id; js.src = “//connect.facebook.net/pt_PT/sdk.js#xfbml=1&version=v2.3”; fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);}(document, ‘script’, ‘facebook-jssdk’));> ভুলি নাইভুলবো নাভুলতে দেবো না

Posted by শাহবাগ আন্দোলন Shahbagh Movement on Quarta-feira, 29 de Julho de 2015

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pelo menos 44 mortos e 22 feridos em incêndio no Bangladesh

Macron quer "abrir nova página" no Bangladesh

Ciclone Mocha semeou destruição no Bangladesh e Myanmar