Estados Unidos "caçam" esquema de "ciber crime" de 100 milhões de dólares

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De  Francisco Marques com Reuters
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Uma aliança de piratas informáticos e operadores da bolsa, ou “traders”, foi apanhada após, durante quase cinco anos, te gerido um esquema ilícito

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Uma aliança de piratas informáticos e operadores da bolsa, ou “traders”, foi apanhada após, durante quase cinco anos, te gerido um esquema ilícito pelo qual terão ganho cerca de 100 milhões de euros. A atividade do grupo foi intercetada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla inglesa) e um processo foi aberto no Tribunal Distrital de Newark, Nova Jérsia.

Hackers, traders charged w reaping more than $100 mil in illicit profits by stealing and trading on nonpublic info: http://t.co/VnDGPz1BQZ

— SEC_News (@SEC_News) 11 agosto 2015

O golpe terá começado no início de 2010 e passava pelo roubo de informação privilegiada de grandes empresas, através das redes de comunicação corporativa como a Business Wire, a Marketwired e a PR Newswire, e pela utilização indevida desses dados, isto é, antes dos respetivos anúncios públicos, por investidores bolsistas ou “traders” espalhados pelo Mundo, em países como a Rússia, a França, Chipre, Malta e em pelo menos três estados norte-americanos, Georgia, Nova Iorque e Pensilvânia.

O aproveitamento de informação privilegiada para manipular o mercado em proveito próprio é considerado crime. A informação tem de ser revelada diretamente ao mercado para permitir que todos os “traders” tenham o mesmo nível de acesso aos potenciais investimentos.

A SEC revelou que o esquema durou cinco anos, com os piratas ucranianos Ivan Turchynov e Oleksander Ieremenko a encabeçarem o “ciber crime” e a serem os responsáveis pelo roubo de mais dos 150 mil comunicados secretos, que permitiram ganhos indevidos em bolsa de mais de 100 milhões de dólares.
[ Leia aqui, em inglês, o comunicado da SEC ]

“O esquema da pirataria cibernética é um dos mais intricados e sofisticados círculos de negócio que temos visto. É global e envolve dezenas de indivíduos e entidades. O nosso uso de ferramentas de análise inovadoras para descobrir padrões de negócio suspeitos e expor maus comportamentos revela que não há esquema de negócio que esteja para lá da nossa capacidade de o desmascarar”, afirmou Andrew Ceresney, diretor da Divisão de Segurança do SEC. No total, trinta empresas foram vítimas de fraude pelos piratas financeiros desde fevereiro de dois mil e dez, num esquema que durou até este ano.

Pelo menos 9 pessoas foram já indiciadas em Brooklyn — 5 delas foram mesmo detidas esta terça-feira — por suspeita de participarem num esquema que lhes permitiu ganhar de forma ilegítima cerca de 30 milhões de dólares desde fevereiro de 2010. Este caso, estará integrado no mesmo esquema revelado pelo SEC.

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