A Europa continua sem resposta para a vaga crescente de refugiados e migrantes que todos os dias tentam entrar no Velho Continente em busca de asilo
A Europa continua sem resposta para a vaga crescente de refugiados e migrantes que todos os dias tentam entrar no Velho Continente em busca de asilo ou de uma vida melhor.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados mais de 225 mil pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo numa tentativa de entrar na Europa.
Um ano após a Cimeira dos Balcãs Ocidentais, em Berlim, na Alemanha, os países da região analisam, esta quinta-feira, em Viena de Áustria, a situação dos migrantes que atravessam as fronteiras rumo ao norte da Europa.
São milhares as pessoas que se encontra em países como a Macedónia, a Sérvia, Montenegro, a Albânia, a Bósnia-Herzegovina ou o Kosovo, à espera de poderem continuar viagem.
A Áustria recebeu, no primeiro semestre de 2015, cerca de 28.300 pedidos de asilo, mais do que o total de pedidos de 2014.
Traiskirchen, uma pequena cidade a cerca de 30 quilómetros de Viena, alberga um campo com centenas de pessoas que estão à espera de resposta do governo aos pedidos de asilo.
Uma situação denunciada nas Nações Unidas pela Amnistia Internacional.
Com a previsível chegadas de mais pessoas, vindas da Macedónia, a situação tem tendência a piorar.
O governo de Viena espera soluções.
“Estamos perante uma situação em que os migrantes vêm de um país da União Europeia para a Macedónia, que não tem capacidade para lidar com isto sozinha. Estão sobrecarregados com a situação. Precisamos de uma resposta europeia com urgência e não pode ser: os refugiados chegam da Grécia, a maioria sem registo, para depois serem encaminhados para a Macedónia”, afirma o ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros, Sebastian Kurz.
De acordo com o ACNUR, cerca de três mil pessoas atravessam a Macedónia, todos os dias, rumo à União Europeia.
A sul, dezenas de milhares tentam atravessar o Mar Mediterrâneo para chegar à costa de Itália.
Por terra, a pressão aumenta também nos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla…
Milhares de migrantes fogem da fome, da pobreza e dos conflitos em países como a Síria, o Iraque, a Líbia e a Somália rumo ao sonho de uma vida melhor.