Assad rejeita aliança com países que apoiam rebeldes para lutar contra Estado Islâmico

O presidente sírio diz-se aberto à proposta russa de uma coligação internacional contra os extremistas do Estado Islâmico, mas rejeita aliar-se a países que apoiam a rebelião no seu país.
Numa entrevista televisiva, Bashar al-Assad repetiu uma retórica que não é nova, comparando os rebeldes aos “jihadistas” e assumindo-se como o salvador do povo sírio:
“O importante é ser capaz de formar uma aliança que lute contra o terrorismo. Qualquer aliança, procedimento ou diálogo que conduza ao fim do massacre sírio deve ser uma prioridade, e devemos trabalhar nesse sentido sem hesitação. O que nos preocupa é o resultado no terreno; logicamente, não é possível que Estados que apoiam o terrorismo, sejam os mesmo que vão lutar contra terroristas.”
A proposta da Rússia, aliado vital de Damasco, envolveria juntar forças com Estados na região que têm apoiado diferentes grupos rebeldes na Síria.
O presidente francês, François Hollande, também reagiu à iniciativa de Moscovo:
“Temos de enfrentar a ameaça terrorista, sem preservar Assad [no poder] e, ao mesmo tempo, tentar obter uma transição política na Síria.”
Uma posição que é semelhante à dos Estados Unidos, que responsabilizam o regime de Assad pela grande maioria das cerca de 250.000 mortes provocadas pelos quatro anos de conflito em território sírio.