Os manifestantes ocuparam o efifício durante grande parte da tarde.
Em Beirute, a polícia expulsou os manifestantes que ocuparam a sede do ministério libanês do Ambiente durante praticamente toda a tarde desta terça-feira.
Os cerca de vinte ocupantes exigiam a demissão do ministro Mohammad Machnouk, que acusam de impotência face à crise do lixo.
A líder do partido dos Verdes, Nada Zaarour, saiu em defesa do ministro: “Recusamos que as instituições do Estado sejam feitas reféns. Não admitimos que invadam as instituições. A nossa causa é puramente ambiental e não admitimos que queiram competir connosco”, disse.
A polícia recorreu à força para obrigar os manifestantes a deixar o edifício. A operação provocou vários feridos: “Primeiro cortaram a eletricidade, depois cortaram-nos o ar e a água e entraram. Dissemos que iríamos sair ordeiramente, mas eles batiam-nos na cabeça à medida que descíamos a escada, sem razão nenhuma”, contou um manifestante.
Há dois meses que o lixo se acumula nas ruas da capital, desde que a principal lixeira da zona de Beirute foi fechada.
Les déchets de #Beyrouth déposés n'importe où comme ici dans le fleuve Nahr qui se jette dans la méditerranée #Libanpic.twitter.com/FlmM7DHx24
— Omar Ouahmane (@ouahmaneomar) September 1, 2015
Por detrás deste episódio está algo mais vasto: A instabilidade política. O país está sem presidente desde maio de 2014 e o parlamento ainda não conseguiu eleger um chefe de Estado, que segundo a constituição tem de ser um cristão.
O general Michel Aoun, figura da guerra civil libanesa, é visto como favorito, mas tem encontrado vários obstáculos à eleição. Muitos vêm esta crise do lixo como uma forma de chantagem política.