Os apelos internacionais à calma não parecem travar a vaga de violência em Jerusalém-leste e na Cisjordânia. Dezenas de jovens ativistas
Os apelos internacionais à calma não parecem travar a vaga de violência em Jerusalém-leste e na Cisjordânia.
Dezenas de jovens ativistas palestinianos envolveram-se em confrontos com soldados israelitas, este sábado, às portas de Ramallah, junto ao colonato judaico de Beit Eil.
As pedras voltaram a enfrentar as armas e o gás lacrimogéneo numa jornada marcada por mais quatro ataques à arma branca contra israelitas.
Uma manifestante palestiniana afirma, “estamos aqui para mostrar ao mundo inteiro que os homens e mulheres palestinianos não vão permanecer em silêncio sobre os seus direitos perdidos. Todos os árabes estão contra nós. O nosso sangue, o sangue dos que estão aqui, não é mais valioso do que os sangue dos mártires que morreram após os ataques com arma branca”.
A vaga de atentados com arma branca provocou até agora 41 mortos palestinianos e 7 vítimas israelitas. Mais quatro atacantes palestinianos foram abatidos pelo exército ou pelo colonos, este sábado, em Jerusalém-leste e em Hebron, na Cisjordânia ocupada.
Um residente de Jerusalém afirma, “Deus ofereceu esta terra só ao Islão, não para toda a gente, só para o Islão. E agora, cada vez que temos um grande problema não podemos fazer outra coisa do que lançar uma nova Intifada”.
Israel, que reforçou a segurança em Jerusalém-leste e na esplanada das mesquitas, afirma que vai continuar a respeitar o estatuto da cidade.
Uma forma de contestar a proposta de resolução, apresentada pela França na ONU, que prevê o envio de observadores internacionais para tentar acalmar a tensão em torno dos locais santos de Jerusalém.