"Bashar al-Assad não tem lugar no futuro da Síria" diz chefe da diplomacia saudita

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Após a cimeira internacional dedicada à Síria que teve lugar esta semana na capital austríaca, Viena, o ministro dos negócios estrangeiros saudita

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Após a cimeira internacional dedicada à Síria que teve lugar esta semana na capital austríaca, Viena, o ministro dos negócios estrangeiros saudita, Adel Al-Jubeir, concedeu uma entrevista à euronews.

O ministro começou por explicar a posição defendida pelo seu país.

“Nós defendemos que Bashar al-Assad não tem lugar no futuro da Síria e que deverá partir a dada altura neste processo. Nós sempre defendemos isto e a nossa posição não mudou. Também apelámos à retirada das forças estrangeiras da Síria. É nosso entender que as forças iranianas são forças de ocupação. Isto é inaceitável. Voltámos a sublinhar isto durante este encontro. Houve acordo relativamente ao empenho em manter a integridade territorial da Síria, um país democrático no qual os direitos das minorias e cidadãos são protegidos. Também houve acordo quanto à necessidade de fornecer mais acesso humanitário de forma a aliviar a situação do povo sírio.”

O diplomata saudita destacou os principais pontos de desacordo.

“No que toca à saída dos combatentes e forças estrangeiras da Síria, houve enormes desacordos que não conseguimos resolver. Um pequeno número de países insistiu em manter Bashar al-Assad no poder, o Irão, a Rússia e um ou dois outros; a grande maioria dos países foi a favor de uma definição clara da partida de Bashar al-Assad e das forças estrangeiras. Nós dissemos claramente que estamos empenhados em apoiar a oposição síria moderada e vamos continuar a fazê-lo. Também deixámos claro que gostaríamos de ver uma solução política rápida mas ao mesmo tempo estamos empenhados em apoiar os nossos irmãos sírios de forma a alcançarem uma vitória militar”.

A situação no Iémen foi outro dos tópicos abordados ao longo da entrevista na capital austríaca.

“Dissemos que acreditamos em como a guerra no Iémen está a entrar na fase final. Não posso dizer se vai demorar semanas ou meses mas posso afirmar que as forças governamentais legítimas controlam agora a maior parte do território iemenita. Existem áreas, incluindo a capital, Sanaa, que precisam de ser libertadas mas a tendência está a avançar na direção certa. Os Houthis são iemenitas e têm direito de fazer parte do processo político do país, desde o princípio que defendemos isso. A única coisa que não podem ter é uma posição privilegiada porque isso iria distingui-los de outros iemenitas e não seria justo. E não podem ter uma milícia que seja exterior às instituições do estado”.

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