A guarda costeira grega anunciou esta sexta-feira que pelo menos 22 pessoas morreram em dois incidentes separados ocorridos no mar Egeu. Ambos os
A guarda costeira grega anunciou esta sexta-feira que pelo menos 22 pessoas morreram em dois incidentes separados ocorridos no mar Egeu.
"As intervenções militares na região não serviram para introduzir a democracia nestes países mas para servir interesses geopolíticos" - Alexis Tsipras, PM grego
Ambos os incidentes, ocorridos nos últimos dois dias, envolveram embarcações que transportavam refugiados provenientes da Turquia.
Igualmente na ilha de Lesbos vários cadáveres deram à costa. As autoridades afirmam que os corpos seriam provenientes de uma embarcação destruída pelo mau tempo durante a travessia entre a Turquia e a Grécia.
O número de vítimas no Mediterrâneo tem vindo a aumentar devido à degradação das condições meteorológicas devido à aproximação do inverno.
A Grécia é um dos países no centro da crise. Este ano mais de meio milhão de refugiados e migrantes passaram pelo país em direção a outros destinos europeus, nomeadamente a Alemanha.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, mostrou a sua indignação no parlamento.
“As intervenções militares na região não serviram para introduzir a democracia nestes países mas para servir interesses geopolíticos. Mas estes interesses e os governos ocidentais e da União Europeia erraram nas suas avaliações ao pensarem que não iriam sofrer quaisquer consequências”, disse Tsipras dirigindo-se aos parlamentares.
Num incidente separado as autoridades espanholas terminaram as buscas para a localização de sobreviventes de um naufrágio ocorrido ao largo de Espanha e no qual pelo menos 35 migrantes teriam desaparecido.
Após 48 horas de buscas as autoridades conseguiram resgatar 15 pessoas tendo confirmado a morte de outros quatro indivíduos. A embarcação transportava pelo menos 54 pessoas e era proveniente de Marrocos.