Birmânia: analistas receiam tensões pós-eleitorais

Birmânia: analistas receiam tensões pós-eleitorais
De  Nelson Pereira
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Cerca de 30 milhões de birmaneses são chamados às urnas no domingo, para eleições que, segundo os observadores, podem vir a agravar as tensões entre

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Cerca de 30 milhões de birmaneses são chamados às urnas no domingo, para eleições que, segundo os observadores, podem vir a agravar as tensões entre os militares e a líder da oposição, Aung San Suu Kyi.

A campanha eleitoral chegou ao fim, dominada pelo Partido para a Solidariedade e o Desenvolvimento (USDP), no governo, e pela Liga Nacional para a Democracia (LND) de Suu Kyi.

As declarações recentes de Suu Kyi sobre a intenção de governar acima do presidente se o seu partido conseguir uma vitória histórica nas eleições, complicam as relações já difíceis com os militares.

A carismática líder da oposição e prémio Nobel da Paz, que esteve 15 anos em prisão domiciliária, é impedida de candidatar à presidência por uma norma constitucional concebida pelos militares, segunda a qual não pode assumir a presidência quem tenha familiares estrangeiros. Uma regra claramente destinada a afastar Suu Kyi, cujos filhos têm passaporte britânico.

Em 1990, a LND ganhou as eleições por uma confortável vantagem, mas Suu Kyi estava sob prisão domiciliária e foi impedida pelos militares de tomar posse.

O exército mantém na Birmânia uma grande influência sobre a política. Nas câmaras alta e baixa do parlamento, 25% dos lugares estão reservados a deputados militares, designados pelo chefe do Estado Maior. Para ter maioria nas duas câmaras, a LND terá que garantir pelo menos 330 lugares, enquanto que ao USDP bastam 33% dos assentos parlamentares, graças ao apoio dos militares.

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