Myanmar: Aung San Suu Kyi pronta a ser presidente... na sombra

A líder da até agora oposição birmanesa festeja já um resultado histórico para o seu partido nas primeiras eleições democráticas no país, no domingo,.
Os resultados ainda provisórios indicam que a Liga Nacional para a Democracia (LND) de Aung San Suu Kyi teria arrebatado 78 dos 88 lugares do parlamento, em jogo no sufrágio.
O partido “herdeiro” da antiga junta militar, USP, teria obtido apenas cinco assentos.
San Suu Kyi não esconde a ambição de tornar-se presidente:, mesmo contornando a atual constituição:
“É simples, ao ser a líder do partido vitorioso vou poder escolher o próximo chefe de estado só para cumprir com a Constituição. Esta pessoa não vai ter autoridade, vai agir de acordo com as decisões do partido”, afirmou Suu Kyi.
Vários responsáveis do
partido no poder reconheceram já a derrota, quando a Liga Nacional para a Democracia poderia arrebatar 75% dos votos do sufrágio.
A eleição foi também validada pelos observadores eleitorais da União Europeia.
Segundo Alexander Graf Lambsdorff:
“O processo correu muito melhor do que muitos esperavam. Também é verdade, no entanto, que são ainda necessárias mais reformas para garantir eleições verdadeiras e genuínas neste país”.
As dúvidas dos observadores centram-se na forma como a Comissão Eleitoral tem atrasado o anúncio do resultado final do sufrágio, marcado por uma participação de 80%.