"Nu deitado" de Modigliani bate recorde na Christie's

Noite de recordes na Christie’s, em Nova Iorque. A começar “Nu deitado” (Nu couché), uma obra-prima Modigliani, arrematado por 170,4 milhões de dólares, após nove minutos de leilão aguerrido entre sete compradores. Foi adquirida por Liu Yiqian, um colecionador chinês.
Toda a gente, todos os críticos e todas as pessoas que realmente compreendem a pintura do século XX perceberam que esta é a maior obra do artista - presidente da Christie's
Chinese collector Liu Yiqian snaps up Modigliani's Nu couché for $170 mln at a Christie's auction in New York Nov 9 pic.twitter.com/i7EP91WCMx
— People's Daily,China (@PDChina) 10 Novembre 2015
A obra torna-se assim a mais cara do pintor italiano, é a segunda mais cara de sempre vendida em leilão.
A primeira é “Mulheres de Argel” (versão O) – “Les femmes d’Alger version O” -, de Picasso, vendida em maio último, por 179,4 milhões de dólares, também pela Christie’s.
O presidente da Christie’s, Jussi Pylkkanen, não esconde a satisfação de vender tal obra: “É uma tela extraordinária. Não está no mercado há mais de 100 anos. Foi pintada em 1917, durante a I Grande Guerra e toda a gente, todos os críticos e todas as pessoas que realmente compreendem a pintura do século XX perceberam que esta é a maior obra do artista.”
Pouco minutos depois, outro recorde mundial foi batido: a “Enfermeira” (“Nurse”), de Roy Lichtenstein, foi leiloada por 95,37 milhões de dólares, suplantando os 56,12 milhões de dólares de “Women with Flowered Hat” e tornando-se na obra mais cara do mestre americano da pop art.
Recorde também para uma escultura em madeira do Paul Gauguin, arrematada por 30,9 milhões de dólares – a mais cara de sempre do artista francês.
Tanto a Christie’s como a Sotheby’s – as duas principais leiloeiras – esperam realizar, cada uma, mais de mil milhões de dólares durante os leilões de outono, que começaram a 4 de novembro e terminam no próximo dia 12, em Nova Iorque.