Rússia "fecha a porta" à Turquia

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De  Nara Madeira  com APTN/Reuters
Rússia "fecha a porta" à Turquia

A queda do avião russo, abatido pela Turquia, perto da fronteira com a Síria, continua no centro da polémica entre os dois países. A Turquia convocou o embaixador russo para protestar contra “ataques físicos” às suas missões e às empresas que operam na Rússia. Moscovo garante que haverá represálias, também económicas, contra Ancara que acusa de proteger quem matou o piloto russo.

“Estes documentos têm a ver com a introdução de restrições às estruturas turcas no território russo. Vamos restringir e banir produtos importados, obras e serviços feitos por empresas turcas e vamos implementar outras medidas restritivas”, afirmou o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev.

As autoridades turcas dizem que vão averiguar o que se passou mas que é preciso manter os canais de comunicação diplomáticos e militares abertos entre os dois países.

Para Erdogan a posição russa é “emotiva” e não parece de políticos:

“Nesta altura há algumas ameaças: os projetos conjuntos podem ser interrompidos? Laços podem ser quebrados? É apropriado políticos assumirem esta postura?” Pergunta o presidente turco.

Na fronteira entre a Geórgia e a Rússia há já vários camiões bloqueados. Segundo o ministro da agricultura o controlo das importações de produtos alimentares turcos está mais apertado.

Um dos projetos afetado pelas restrições russas contra a Turquia é o gasoduto Turkish Stream, que Moscovo acordou, em 2010, com Ancara, para levar o gás russo ao sul da Europa através de território turco.