Está assinado aquele que será o ponto mais importante no negociado plano de paz entre as FARC e o governo da Colômbia. Trata-se do capítulo das
Está assinado aquele que será o ponto mais importante no negociado plano de paz entre as FARC e o governo da Colômbia. Trata-se do capítulo das reparações de guerra e estabelecimento de tribunais para julgar combatentes quando o acordo de paz for firmado.
Na cerimónia em Havana, Cuba, Ivan Marquez, negociador chefe as FARC, explica.
“Este é o primeiro compromisso de paz na Colômbia que não foi selado com uma amnistia geral para todos os envolvidos no conflito, mas sim com a criação de uma jurisdição especial para a paz”, disse.
Vai ser criada uma comissão para apurar a verdade, encontrar desaparecidos e restos mortais.
Jineth Bedoya, jornalista raptada e violada por paramilitares leais ao governo, é representante das vítimas e revela que “o nosso apoio ao processo de paz não significa que vamos renunciar à justiça, reparações e, acima de tudo, à verdade”.
Em Cali, na Colômbia, o Presidente, Juan Manuel Santos, revela a importância desta etapa. “Onde é que traçamos a linha entre justiça e paz para terminar um conflito armado? Sempre foi o tema mais complexo e hoje anunciou-se um acordo sobre esse tema e sobre o tema das vítimas, é um passo muito importante para poder terminar de vez com o conflito”, declarou o chefe de Estado.
Tentando aproximar-se o máximo possível de amnistias, os tribunais especiais vão conceder sentenças reduzidas a quem confessar crimes, exceto para autores de crimes de guerra e contra a humanidade.
Não haverá prisões, sim restrições de liberdade vigiadas.
A Colômbia e os colombianos anseiam pela paz. O conflito já dura há mais de 60 anos, fez centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados.