Na República Centro-Africana, mais de dois milhões de eleitores são chamados, esta quarta-feira, às urnas para eleger um novo Presidente e um novo
Na República Centro-Africana, mais de dois milhões de eleitores são chamados, esta quarta-feira, às urnas para eleger um novo Presidente e um novo Parlamento.
O escrutínio é visto como um teste à democracia no país, palco de violência inter-religiosa e dominado por um clima de insegurança.
A nação, maioritariamente cristã, atravessa um complicado processo de transição desde que o grupo rebelde Seleka, de maioria muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé, em 2013. Confrontos entre diferentes comunidades provocaram milhares de mortos e de cerca de um milhão de deslocados.
Na corrida à Presidência estão 30 candidatos, mas o favoritismo recai, entre outros, sobre o antigo primeiro-ministro Anicet Dologuelé, da União para a Renovação Centro-Africana (URCA).
Dologuelé mede forças com outro favorito, Martin Ziguelé. O também antigo chefe de Governo apresenta-se a votos pelo Movimento de Libertação do Povo Centro-africano (MLPC).
Destaque ainda para o independente Abdoul Karim Méckassoua, várias vezes ministro do antigo chefe de Estado François Bozizé.
Os resultados só deverão ser conhecidos uma semana após a votação, pelo que é provável a realização de uma segunda volta nas eleições presidenciais, em finais de janeiro.
Ao longo da jornada eleitoral, soldados da missão das Nações Unidas na República Centro-Africana e tropas francesas no terreno colaborarão com as forças locais para garantir a segurança.