Centenas de manifestantes marcharam, este domingo, pelo centro de Hong Kong. Exigem a libertação de cinco livreiros, dados como desaparecidos, alguns
Centenas de manifestantes marcharam, este domingo, pelo centro de Hong Kong. Exigem a libertação de cinco livreiros, dados como desaparecidos, alguns deles desde outubro e, alegadamente, detidos pelas autoridades chinesas.
Cinco homens todos ligados à mesma estrutura livreira, a livraria Causeway Books e a editora Mighty Current, conhecidas pela venda e publicação de obras críticas do regime de Pequim e do Partido Comunista chinês.
Missing Hong Kong bookseller is British citizen: UK – AFP</a> latest by <a href="https://twitter.com/aartam">
aartamhttps://t.co/As3537OiIc#MightyCurrentpic.twitter.com/xdztcYTTnD
— Nick Morrison (@nj_morrison) 5 janeiro 2016
Um deles, Lee Bo, de 65 anos, foi visto pela última vez no final de dezembro. A mulher retirou, entretanto, a queixa apresentada na polícia afirmando que este lhe telefonou dizendo que viajou, voluntariamente, para participar numa investigação.
À margem desta justificação, a revolta é grande:
“É um ponto de viragem no que diz respeito à nossa liberdade, como pode alguém, ao exercer os seus direitos em Hong Kong, ser raptado e detido para investigação na China?” – Pergunta Lee Cheuk-Yan, co-organizador da manifestação, e membro da Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos e Patrióticos na China.
“Hoje a vítima é Lee Bo, amanhã podemos ser nós a ser detidos e levado. Por isso, temos de sair para a rua e proteger o princípio de “Um país, dois sistemas”, afirma Catherine La, uma das participantes no protesto.
1000's march protesting disappearance of #Hongkong book publishers including #LeeBo#MightyCurrent chief editor pic.twitter.com/P3Q8Zjc3zL
— HRIC 中国人权 (@hrichina) 10 janeiro 2016
Hong Kong, como Macau, é uma Região Administrativa Especial, da China, desde a unificação do país, com um sistema de governo com grande autonomia. Ainda assim, a situação aqui é menos pacífica do que na antiga colónia portuguesa.