Hong Kong: Centenas de pessoas marcham pela libertação de livreiros

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De  Nara Madeira  com Reuters, AFP
Hong Kong: Centenas de pessoas marcham pela libertação de livreiros

Centenas de manifestantes marcharam, este domingo, pelo centro de Hong Kong. Exigem a libertação de cinco livreiros, dados como desaparecidos, alguns deles desde outubro e, alegadamente, detidos pelas autoridades chinesas.

Cinco homens todos ligados à mesma estrutura livreira, a livraria Causeway Books e a editora Mighty Current, conhecidas pela venda e publicação de obras críticas do regime de Pequim e do Partido Comunista chinês.

Um deles, Lee Bo, de 65 anos, foi visto pela última vez no final de dezembro. A mulher retirou, entretanto, a queixa apresentada na polícia afirmando que este lhe telefonou dizendo que viajou, voluntariamente, para participar numa investigação.

À margem desta justificação, a revolta é grande:

“É um ponto de viragem no que diz respeito à nossa liberdade, como pode alguém, ao exercer os seus direitos em Hong Kong, ser raptado e detido para investigação na China?” – Pergunta Lee Cheuk-Yan, co-organizador da manifestação, e membro da Aliança de Apoio aos Movimentos Democráticos e Patrióticos na China.

“Hoje a vítima é Lee Bo, amanhã podemos ser nós a ser detidos e levado. Por isso, temos de sair para a rua e proteger o princípio de “Um país, dois sistemas”, afirma Catherine La, uma das participantes no protesto.

Hong Kong, como Macau, é uma Região Administrativa Especial, da China, desde a unificação do país, com um sistema de governo com grande autonomia. Ainda assim, a situação aqui é menos pacífica do que na antiga colónia portuguesa.