No fim de semana, o Presidente Barack Obama declarou o estado de emergência na cidade de Flint, no Michigan, por causa de uma catástrofe ambiental provocada pelas autoridades quando tentaram poupar di
No fim de semana, o Presidente Barack Obama declarou o estado de emergência na cidade de Flint, no Michigan, por causa de uma catástrofe ambiental provocada pelas autoridades quando tentaram poupar dinheiro na água canalizada.
Afetada por graves problemas financeiros, a cidade de 100 mil habitantes decidiu, no ano passado, abandonar a ligação ao sistema de abastecimento de Detroit e começar a bombear água do rio Flint. Mas a água corroeu as velhas canalizações, que começaram a libertar chumbo.
Para o reverendo Jesse Jackson, “o povo de Flint” – onde 40% da população é negra – “foi traído”.
A presença de chumbo em níveis perigosos para a saúde já foi confirmada e há registo de crianças afetadas pela contaminação. Metal pesado, o chumbo pode provocar cancro, anemia e atrasos no desenvolvimento cognitivo das crianças.
Proeminente figura pública de Flint, o realizador Michael Moore afirmou, num protesto na cidade durante o fim de semana, que se trata de uma “crise racial”, enquanto outro manifestante falava em “genocídio”.
The City of Flint is a crime scene. The perp is in the Governor's office. Water Gate.
— Michael Moore (@MMFlint) 18 janeiro 2016
O tema entrou na pré-campanha para as presidenciais nos Estados Unidos, com a candidata democrata, Hillary Clinton a classificar como “inadmissível” e um “escândalo” a ação das autoridades locais, que até há pouco tempo garantiam que a água era boa para beber.
What’s happening with the water in Flint, Michigan is an outrage. https://t.co/EHWuclQJGS#DemDebate
— Hillary Clinton (@HillaryClinton) January 18, 2016