Turquia: Biden compara PKK a grupo Estado Islâmico

A Casa Branca retificou as declarações do vice-presidente norte-americano na Turquia, depois de Joe Biden ter admitido este sábado a possibilidade de uma solução militar para o conflito sírio.
Washington rejeitou qualquer mudança na sua estratégia, quando as conversações de paz sobre a Síria deverão ser retomadas na próxima semana em Genebra, afirmando que Biden se referia à atual operação contra o grupo Estado Islâmico.
Durante a reunião com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, Biden apoiou ainda a luta de Ancara contra o grupo separatista PKK, que comparou, em termos de ameaça, ao grupo Estado Islâmico.
“Sabemos que seria preferível obter uma solução política, mas estamos preparados, estamos preparados, se tal não for possível para optar por uma solução militar nesta operação para derrubar o ‘Daesh’. Este grupo não é o único a representar uma ameaça existencial para o povo turco, o PKK representa igualmente uma ameaça e temos consciência disso.”
Uma sintonia que não oculta as divisões entre Washington e Ancara sobre o grupo de rebeldes curdos da Síria, YPG, que combate ao lado da coligação militar internacional contra os islamitas.
Os Estados Unidos querem que o grupo se sente à mesa das negociações em Genebra, uma opção rejeitada pelo governo turco, que aponta as ligações dos combatentes ao PKK.
As discussões que deveriam começar na segunda-feira, foram entrentanto adiadas, face à falta de acordo entre Washington e Moscovo sobre os grupos que deverão sentar-se à mesma mesa em Genebra.