Doze crianças acusam soldados de vários países, incluindo europeus.
É difícil imaginar o que as pessoas que trabalham para as Nações Unidas e para as causas da paz e da segurança sentem quando este tipo de alegações emerge, sobretudo quando envolvem menores.
Aumenta o rol de acusações de abuso de menores contra os soldados da União Europeia e da ONU na República Centroo-Africana.
Doze novas crianças acusaram os militares de abusos. Em causa estão soldados franceses, georgianos, de outros países europeus e ainda do Bangladeche e de países africanos.
“Mais uma vez vieram aqui causar problemas. São atos graves, que não honram em nada as Nações Unidas e fazem com que a população rejeite esta missão”, diz um habitante da capital, Bangui.
As tropas francesas estão na República Centro-Africana desde dezembro de 2013. A força da União Europeia esteve estacionada durante cerca de um ano e a força da ONU rendeu a da União Africana em setembro de 2014.
Anthony Banbury, secretário-geral adjunto da ONU, mostrou-se chocado: “É difícil imaginar o que as pessoas que trabalham para as Nações Unidas e para as causas da paz e da segurança sentem quando este tipo de alegações emerge. Sobretudo quando envolvem menores. É muito difícil de compreender”.
Alegadamente, os abusos ocorreram num campo nas imediações do aeroporto de Bangui.
As tropas estrangeiras estão estacionadas no país desde a revolta que colocou os muçulmanos no poder, neste país maioritariamente cristão, em 2013.