O Caucus do Iowa e o seu musical

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De  João Peseiro Monteiro  com Enrico Bona
O Caucus do Iowa e o seu musical

O Caucus do Iowa lança a corrida à Casa Branca. Apesar de eleger entre um a dois por cento dos delegados às convenções democrata e republicana, o resultado do escrutínio neste estado rural de três milhões de eleitores assumiu uma grande importância antes do mais porque é o primeiro e pode catapultar uma candidatura, além de se processar de forma particular, como explica Jamie Fitzgerald, um dos auditores do processo eleitoral: “Na verdade não votamos como nas eleições. Elegemos delegados para transmitirem a nossa mensagem ao candidato presidencial. Trata-se de uma reunião organizada entre vizinhos.”

Os habitantes do Iowa reúnem-se em bibliotecas, escolas ou mesmo em quartéis de bombeiros, em assembleias populares, para debater e convencer os indecisos a apoiar um candidato à presidência dos Estados Unidos.

“No Caucus Republicano o voto é secreto mas a urna é aberta em frente dos eleitores e os votos contados. Entre os Democratas não há voto secreto – sublinha Jamie Fitzgerald. O eleitor levanta-se e indica qual é o seu candidato. Se essa escolha recair sobre um candidato com poucos votos que não lhe permitem eleger delegados, o eleitor pode mudar de candidato. No Iowa ouve-se muitas vezes a pergunta: Qual é a sua segunda escolha?”

Os voluntários das diferentes candidaturas passaram as últimas semanas num incansável porta-à-porta para tentar angariar o apoio dos eleitores. No passado, só as candidaturas que conseguiram terminar nas três primeiras posições tiveram força para continuar a corrida a nível nacional. Mas os resultados parecem incertos. Muitos abstencionistas manifestam a intenção de participar no Caucus deste ano.

As particularidades desta eleição deram origem a um musical que está em cena em Des Moines, a capital do Iowa, desde 2004. Uma revista sempre atual ao sabor das tendências capilares dos candidatos.