Atenas anunciou que o Exército grego vai reforçar a ajuda à polícia e às autoridades portuárias na gestão do fluxo migratório. Os militares poderão
Atenas anunciou que o Exército grego vai reforçar a ajuda à polícia e às autoridades portuárias na gestão do fluxo migratório. Os militares poderão ser destacados, nomeadamente, para acelerar a construção de cinco centros de acolhimento e registo de refugiados nas ilhas gregas.
O responsável da Defesa, Panos Kammenos, garantiu que as instalações estarão prontas até ao meio de Fevereiro, depois do seu ministério ter reconhecido um certo atraso nas obras.
Num tom crítico, Kammenos disse que “alguns europeus podem querer transformar o país num ‘campo de concentração’ ou armazém de humanos. Mas a Grécia não o permitirá. O país já pagou um preço elevado, no meio de uma crise económica. O povo grego mostrou compaixão e ajudou”.
A Comissão Europeia propôs ontem à Grécia melhorar os procedimentos de registo, garantir alojamentos e fazer repatriamentos de migrantes em situação irregular, na sequência do relatório que apontou “sérias deficiências” na gestão das fronteiras gregas face à crise migratória.
Segundo números da Organização Internacional para as Migrações, a Grécia viu chegar por mar mais de 62.000 pessoas em janeiro, registando-se, no mesmo período, 276 mortes em diversos naufrágios.