Dia negro nas bolsas europeias, com os investidores preocupados com o crescimento económico mundial. As perdas foram pesadas. Milão recuou quase
Dia negro nas bolsas europeias, com os investidores preocupados com o crescimento económico mundial.
As perdas foram pesadas. Milão recuou quase 4,7%. Paris 3,2%. Frankfurt 3,3%.
Lisboa seguiu a tendência. Recuou 2,8% e os juros da dívida portuguesa a dez anos tiveram a maior subida em oito meses.
O índice FTSEurofirst 300 cedeu 3% para mínimos de 16 meses. Os títulos bancários e os setores automóvel e tecnológico são os mais penalizados.
Mike Ingram, analista de mercados no BGC Partners, defende: “Penso que há problemas económicos muito profundos e há ainda alguns problemas políticos que complicam a situação. É uma das razões pelas quais decidi não comprar ações europeias. Estou contente de não ter de enfrentar esse problema”.
A bolsa de Atenas foi a mais penalizada. Afundou quase 8%, arrastada pelo setor bancário. Os bancos gregos perderam entre 17% e 29% só esta segunda-feira.
European banks so far this year:
— Jamie McGeever (@ReutersJamie) 8 fevereiro 2016
Greek -56%
German -33%
Italian -31%
French -24%
Portuguese -20%
UK -19%
Spanish -18%
Os investidores abandonam ativos de risco, a favor dos títulos do Tesouro americano ou do ouro, numa altura em que a Grécia negocia as medidas de austeridade com os credores internacionais.
O euro manteve-se estável.
O petróleo continua a recuar, com a ausência de novidades da reunião entre a Arábia Saudita e a Venezuela. O barril de Brent está pouco acima dos 30 dólares.