Turquia insiste em operação terrestre na Síria

As esperanças de um cessar-fogo na Síria diminuíram nesta terça-feira a três dias da data marcada para o início da trégua estabelecida na semana passada em Munique.
As Nações Unidas confirmaram que depois disso, o número de mortos de uma série de ataques aéreos a hospitais e escolas em Idlib e Azaz, na segunda-feira, seria de cinquenta.
O enviado da ONU para a Síria tentava nesta terça-feira, em Damasco, salvar o acordo de cessar-fogo entre o regime de Bashar al-Assad e grupos rebeldes, apesar da abertura de novas frentes com os bombardeios da Turquia contra posições curdas no norte da Síria.
A ideia de uma intervenção militar internacional continua a fazer parte de algumas mentes, resta saber em que condições:
“A Turquia, Arábia Saudita e até mesmo alguns países europeus são a favor de uma operação terrestre na Síria. Mas não seria realista para a Turquia, Arábia Saudita e Qatar realizarem sozinhos a operação terrestre na Síria.”
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que todos os bombardeios violaram leis internacionais e “lançaram uma sombra” sobre os esforços para pôr fim à guerra.
A Turquia é favorável a uma intervenção militar terrestre na Síria, a única solução que vê para colocar fim à guerra civil, mas quer que seja realizada com a implicação da NATO, o Irão responde: “Temos dito que não há solução militar para a crise síria. Os nossos vizinhos sauditas dizem publicamente que existe uma solução militar. Estão a impor uma solução militar e estão dispostos a lutar até ao último soldado da NATO para impor uma solução militar.”
Milhares de soldados de 20 países chegaram à cidade saudita de Hafr Al-Batin domingo para os maiores exercícios militares na região que oficialmente se inciam hoje, por 18 dias.
Até 350.000 tropas de países árabes e islâmicos como o Paquistão, Jordânia, Egito, Chade ou Sudão disseram presente.
O chamado “Northern Thunder” vai incluir exercícios aéreos, marítimos e terrestres.